Quando bate a inveja (*)
Certa vez uma cobra perseguia vaga-lume que
brilhava muito. Para fugir de sua predadora, ele voava rápido. Mesmo assim, a cobra não pensava em desistir.
Ele sumiu de sua vista por um dia e de nada adiantou. Fugiu, novamente, dessa vez demorando-se por dois dias. E nada... Até que, no terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume resolveu parar e fazer esta indagação:
-- Posso fazer-lhe três perguntas, dona Cobra?
-- Não costumo abrir precedentes a ninguém, mas como vou comê-lo mesmo, pode perguntar...
-- Por acaso, pertenço a sua cadeia alimentar?
-- Não.
-- Fiz alguma coisas que a tivesse aborrecido?
-- Não.
-- Então, por que motivo você me pretende comer?
-- Simplesmente, porque não suporto vê-lo brilhar!
Moral da história:
Selecione melhor as pessoas em quem confiar. Tome cuidado. Bem ao seu lado, pode haver um medíocre a quem seu brilho incomode!
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(*) "Rede Agências", Brasília, DF, ano II, nº 99, agosto de 2001, p. 2. |