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cronicas-->Comentário semanal do coronel Gelio Fregapani -- 13/04/2009 - 09:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comentário da semana nº 32 - 12 de abril de 2009

Assuntos: Decisões corretas e incorretas. Sementes do ódio.

Coronel Gelio Fregapani

Toda esta questão indigenista, manobrada pelos ditos missionários que mais parecem seguidores de Marx que de Jesus, está pegando fogo no Brasil e, se não se tomar cuidado, em breve a luta de raças "neste País" não terá volta atrás. Na questão da reserva dita "indígena" no Estado de Roraima, se os não-índios forem expulsos daquelas terras (atualmente prósperas, e que alimentam gente em vários estados brasileiros), aquilo lá vai virar uma tapera de mendigos. Os índios não vão conseguir produzir alimentos e ficarão à mercê de ONGs estrangeiras que os explorarão além de explorarem as riquezas daquele rico subsolo. Isso sem falar do perigo que representa para nossa soberania, uma vez que aquelas terras contém as maiores jazidas minerais do planeta

Conforme esperado, inicia-se a luta entre facções indígenas antes mesmo da data final da retirada. Informações recebidas na manhã do dia 9 pela Folha web são de que índios integrantes do CIR e da Sodiur estão em conflito pela disputa do Lago Caracaranã, um dos pontos turísticos mais importantes do estado, incluído maldosamente na área indígena. A confusão já teria gerado agressão. A Polícia Federal foi informada do fato.

Decisões corretas

1) A juíza da 14a. Vara Federal no RJ, Cláudia Maria Bastos Neiva, concedeu liminar que suspende os efeitos da portaria da anistia política no 1.267 (promoção post-mortem a coronel do ex-capitão Carlos Lamarca), pois ele desertara do Exército, antes de ser perseguido político. Tal como nós, a juíza considera ainda questionável o pagamento de indenizações com valores incompatíveis com a realidade nacional.

2) O Governo expandirá o cultivo do dendê na Amazónia. A idéia é ampliar programa de biodiesel, mudando lei para permitir área desmatada ser reocupada por dendê em vez de floresta nativa Segundo o min. da Agricultura, 10 milhões de hectares poderão ser ocupados pela palmácea. O principal obstáculo ao projeto é o Código Florestal, que proíbe a recomposição de áreas desmatadas da Amazónia com espécies exóticas, condenando o País ao atraso e os Amazónidas à eterna miséria. Felizmente o projeto já conta com o aval do min. Minc, para desespero da ex- ministra do atraso e seus aliados no Reino Unido (o maior produtor de biodiesel , na Indonésia). Estima-se que 10 milhões de hectares de dendê atenderá a demanda nacional de diesel e propiciará trabalho para um milhão de famílias

Decisão incorreta

No momento em que todos os povos cuidam de proteger sua economia, nosso governo fala em livre comércio. Decisão errada! A única maneira de se proteger de uma crise económica internacional é fechando as fronteiras -- protecionismo. Hoje essa palavra é maldita, porque contraria os interesses da oligarquia supercapitalista global. É tempo de redescobrirmos o grande economista alemão Frederico List, autor do Sistema Nacional de Economia Política, livro publicado pela editora Nova Cultural na década de 1970 e que ainda pode ser encontrado em sebos.

Vale apena ler também "Relatório Sobre as Manufaturas", de Alexander Hamilton

Sementes do ódio

BOA VISTA - A pecuarista Nair Ribeiro exibe o " título definitivo " de posse de uma fazenda de 11 mil hectares no município de Normandia. A área pertencia ao pai desde 1901. Na mesma situação, as produtoras Ila Hartz Santos e seus nove irmãos, que têm 450 reses, e Regina Barili e seu marido, que se dedicavam a plantar arroz em Normandia. " Não nos disseram para onde ir. "Nós não existimos para o governo, nossa história não é contada ". Com histórias semelhantes a essas, um grupo de produtores de arroz e pecuaristas fez duras críticas à decisão do STF .

Entre citações a batalhas da história e apelos à "resistência", acusaram ações de "revanchismo " do governo federal. Prometeram "sobreviver, manter a cabeça erguida e refazer o Estado de Roraima. "O governo federal colocou a semente do ódio na nossa sociedade. Jogou índio contra índio e quem tem contra quem não tem. É um legado terrível", discursou o líder dos arrozeiros Paulo César Quartiero. O agrónomo gaúcho é apontado como candidato ao governo do Estado.

Frente a uma platéia composta inclusive por índios, insistiram na necessidade de parar novas demarcações de áreas indígenas e urgência de pressionar o governo para alterar a legislação em vigor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve visitar Roraima no fim deste mês. Os roraimenses querem o apoio dele a um projeto de lei da Càmara que modifica o rito de demarcações e homologações em terras indígenas, levando as decisões para o Congresso Nacional. As declarações inflamadas foram reforçadas pela posição nacionalista do ex-presidente da Càmara dos Deputados, Aldo Rebelo, defensor de primeira hora da permanência de produtores e " não-índios " na Raposa Serra do Sol.


OPINIÃO - índios e nação

Aldo Rebelo (O GLOBO, 06Abr09)

A reserva de grandes áreas para usufruto exclusivo de índios em zonas de fronteira gera duas preocupações. De um lado, potencializa a vulnerabilidade da soberania nacional, de vez que abre caminho para que as tribos isoladas sejam usadas como massa de manobra por ONGs e organismos estrangeiros interessados em internacionalizar, se não toda, larga parte da faixa fronteiriça da Amazónia brasileira. De outro, se é imperativo respeitar os direitos históricos dos índios, o poder público tem tratado o problema de forma particularista, com viés étnico e abordagem unilateral, capazes de reintroduzir na sociedade uma intolerància aos índios que não interessa à unidade da nação.

É inquietante que muitos brasileiros de boa-fé, partidários da causa indígena, demonstrem irritação com episódios como a demarcação de 9,6 milhões de hectares (a área do Líbano) para os ianomàmis, no Amazonas e em Roraima, e, agora, mais 1,7 milhão de hectares na reserva de Raposa Serra do Sol, para cinco tribos de Roraima.

Se seguirmos o modelo histórico de ocupação do território, baseado em nossa formação étnica tripartite, veremos que o respeito às prerrogativas dos índios não pode implicar desproteção de regiões tão cobiçadas como a Amazónia, impedindo-se, como agora se impede, a vivificação das zonas de fronteira que tradicionalmente se faz pela presença não só do Estado como sobretudo de empreendedores não índios, a exemplo dos agricultores de Roraima, que ocupam a terra e a fazem produzir riquezas em benefício de todos. Fronteiras ricas e ermas aguçam a ambição alheia. Foi com uma ocupação precária que consolidamos o território deste país continental, inclusive anexando a maior parte da Amazónia que, pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia à Espanha.

Urge tratarmos o assunto com a sabedoria necessária para não estigmatizar os índios como vilões, tampouco apequená-los como vítimas que uma certa Historiografia e Antropologia jogam num vale de lágrimas da História do Brasil. Nosso caldeirão cultural incorpora em vez de segregar. O destino de todos, dos índios ao mais recente imigrante, é se integrarem na sociedade nacional. A esse ideal dedicou-se o Humanismo de nossas inteligências mais poderosas, de José Bonifácio a Darci Ribeiro, do Marechal Rondon aos Irmãos Vilas Boas.

Como reconheceram os intérpretes mais certeiros, a começar por Gilberto Freire, os índios figuram entre os construtores do Brasil. De seu seio saíram homens de Estado, como Arariboia, parceiro de Estácio de Sá na expulsão dos franceses e consolidação do Rio de Janeiro, no século XVI, e Poti, ou António Filipe Camarão, herói da guerra aos holandeses no século XVII - ambos agraciados com o título de Dom e capitão-mor pela Coroa portuguesa. Mesmo os guerreiros que se opuseram à colonização lusa, como os tuxauas tamoios, Cunhambebe, aliado dos franceses, e o manao Ajuricaba, são heróis do eclético panteão nacional: lutaram com bravura, e ao menos Ajuricaba, ao preferir o suicídio à prisão, constelou na morte o lema de José Bonifácio de que "a liberdade é um bem que não se pode perder senão com o sangue".

Séculos depois desses episódios, a nação é uma só. Não podemos correr o risco de abrigar um Estado multinacional e uma nação balcanizada. Ao contrário: conjugando isonomia e respeito às diferenças, podemos comemorar o saldo amalgamado de índios, brancos e negros que forjaram o povo brasileiro. Cada tentativa de conferir superioridade de qualquer tipo a um deles deve ser repudiada. Nesse conflito, não ocorre o dilema de escolher entre irmãos o que será ungido e o que será imolado, pois as soluções devem atender e beneficiar todos e sobretudo ao interesse geral de um país forte, justo e democrático no engrandecimento de seu povo

Prospectiva

Se a situação esquenta em Roraima, tende a pegar fogo no Mato Grosso do Sul

Saudações patrióticas

GF


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