Fulgor profano
Se acaso eu for teu e fores minha,
seremos um só: fogo, água corrente.
O teu suor ... volúpia a crepitar em desatino,
o meu calor ... ferver de bruto em alma de menino.
E cada qual ardendo um pelo outro,
a aquecer o lume incandescente.
Fulgir profano de archote e labareda,
queimando os dois como torrente.
Eduardo de Alencar
eduardodealencar@bol.com.br
|