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Cronicas-->Duas coisas que eu abomino e uma que eu adoro -- 23/04/2009 - 17:54 (Jefferson Cassiano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jefferson Cassiano, após Angeli.

Telefone da Nextel. Não sou o único que fica incomodado com o aparelhinho de telefone dos chatos. Meu amigo Daniel Silva, por exemplo, também acha que a postura dos proprietários dos Nextel é insuportável. Foi ele, inclusive, que me contou algumas histórias sobre reações curiosas contra esse povo sem noção. Todas elas motivadas pelo mesmo fato: quem usa Nextel não o uso como um telefone, mas como um rádio-amador. Não que o aparelho não possa ser usado do jeito "normal". Ele é um telefone como qualquer outro. Mesmo assim, os nextélicos fazem questão de afastá-lo do ouvido e da boca e manter conversas em super-ultra-viva-voz. A desculpa é: "isso não é um telefone, é um rádio". Se é um rádio, qual o problema em usá-lo como os torcedores que iam aos estádios antigamente: colado no ouvido e com volume bem baixinho. Não. "O rádio é meu. Eu paguei!". Mas não pagou pelos meus ouvidos, ora! Ninguém é obrigado a compartilhar do papo alheio em qualquer lugar: bares, elevadores, filas de banco. As tais histórias do Dani servem bem para ilustrar como esse hábito enche os picuás. Num restaurante, hora do almoço, uma falante passiva do Nextel, ao ser obrigada a ouvir a conversa de negócios vinda do raio-de-rádio da mesa próxima a dela, não teve dúvida: começou a participar do colóquio, respondendo as perguntas que vinham do outro lado da linha. O vizinho inconveniente encerrou o assunto e engoliu a farofa. Boa tática a dessa moça. A melhor de todas aconteceu com o Dani mesmo. Numa viagem de Cometa, ele foi obrigado a ouvir toda a fofoca de uma senhorinha com uma amiga via Nex. Teve paciência daniélica por quinze minutos, depois não aguentou: "A senhora poderia desligar esse telefone? Eu não sou obrigado a ouvir sua conversa por toda a viagem!". Boa foi a resposta da mulher: "Ai, moço. Que falta de educação!". Como explicar para quem tem conceitos de educação totalmente invertidos que eles estão invertidos? Abomino os Nextel!

Carros com som turbinado. Em seu carro, sofrendo com o calor dantesco de Ribeirão, você começa a perceber que uma rádio pirata está invadindo a música que você sintoniza no seu rádio. Impressionante! A potência da "rádia" clandestina é enorme, pois o som dela vai ficando cada vez mais claro, até o ponto de ser impossível ouvir a voz da Fran Morena, que deveria sair dos autofalantes de seu carro. E o programador dessa emissora intrusa tem um mau gosto catastrófico: um funk crew bomba, e é uma bomba em seus ouvidos. Ao parar no semáforo da Portugal com a Nove é que fica claro para você que o som não vem de uma rádio, mas do carrão malvado ao seu lado. Nem sempre é uma camionete, mas normalmente é. Na verdade, é um trio-elétrico. O motorista do possante nem vira a cabeça. Talvez tenha seus movimentos dificultados pela massa de som que, se é ignorante de tão alto do lado de fora, imagino que deva ser quase uma matéria sólida lá dentro. Não consigo entender como alguém pode se sentir bem com isso, mas cada um gosta ou não gosta do que quiser. Só não pode me obrigar a gostar e ouvir também! Quando inventarem os fones de ouvido, a vida deles vai ficar bem mais fácil. E a minha também. Abomino som de carro compartilhado!

As músicas da Mallu Magalhães: se as coisas que eu abominei hoje são invasivas, desrespeitosas, insuportáveis, a coisa que eu gosto é o contrário de tudo isso. Você já deve ter ouvido falar dessa adolescente brasileira, meio doidinha que resolveu gravar uns Folks em inglês e postar no YouTube e no My Space. Virou um fenómeno, desses que só Internet consegue construir. Diferente de outros hits da web, no entanto, a Mallu é autêntica, embora beba em Bob Dylan descaradamente. Suas músicas são leves, despretensiosas, divertidas. O melhor: eu só ouço quando quero, não sou obrigado a. Já pensou um "Tchubarubaru" o dia todo ecoando de um rádio da Nextel ou de um som de carro de Agroboy? Até Mozart virá Crew desse jeito. E, fosse assim, talvez eu não gostasse da Mallu. Podendo ligar o meu MP3 player quando quiser, eu gosto muito da Mallu! Càmbio e desligo.
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