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Artigos-->LER JORNAIS: uma das AVENTURAS POSSÍVEIS -- 11/06/2001 - 22:38 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tomo emprestado o subtítulo de "O homem que odiava a segunda-feira", do araraquarense Ignácio de Loyola Brandão: "as aventuras possíveis" (cf. resenha que publiquei neste site). Em sua crônica semanal no Estadão, vale acrescentar, o escritor acaba de revelar a descoberta do verdadeiro "homem que odiava a segunda-feira", ao comentar a notícia de que o governo pensava decretar feriado esse dia consensualmente aziago e insuportável da semana, em mais uma medida visando a conter o gasto da energia elétrica ainda disponível e/ou passível de ser gerada.



Dos três EDITORIAIS da Folha de São Paulo de hoje, 11/06/2001, segunda-feira, o último (embaixo à esquerda na página A 2) traz, no título, uma palavra curiosa: BUSHISMO.



Impossível não ler. Uma nova religião, uma nova tendência comportamental? Leiamos o título por inteiro: BUSHISMO NO FMI. Imaginêmo-lo lido daqui a umas poucas décadas, como não soará talvez imcompreensível.



Assunto: a nomeação de Anne Krueger para o posto de vice-diretor do Fundo Monetário Internacional.



Duas formas de interpretação:



a benigna: reconhecer-lhe os méritos como economista, além de, em sua associação com o governo Bush, o compromisso com a liberalização do comércio internacional;



a menos condescendente: como em tantos outros economistas, nela a defesa radical do livre comércio surge intimamente aliada a uma ideologia conservadora.



No caso específico de Anne Krueger, pesam "suas ligações com a elite mais conservadora da sociedade americana."



Bem, até aqui a sempre mesma sobriedade dos editoriais, de cujo laconismo não se pode esperar nenhum vôo mais arrojado, presos que estão à evidente defesa do status quo defendido pelo órgão que os emite. Salvo um pequeno grande erro como o que o leitor certamente saberá localizar na frase abaixo:



"Ela foi economista-chefe do Bando Mundial [sic] durante os anos 80, quando Ronald Reagan estava na Casa Branca."



Nos próximos dias, o leitor do referido periódico poderá aguardar por manifestações de algum leitor tão minucioso como este articulista que vos escreve, ou, o mais tardar, no sábado, quando o ombudsman certamente será instado a se manifestar sobre a ocorrência. A gíria do meio jornalístico possui um termo específico para "erros consideráveis" como esse.



Só mesmo um erro pode instilar alguma surpresa nas nossas instituições sociais rigidamente administradas. Certamente, nenhum editorial poderia, em sã consciência, ousar tanto, avançar tanto na análise dos fatos político-econômicos. Um erro desses precisa ser corrigido a tempo. E certamente o será. A menos que o dom da profecia, em mim ultimamente tão acentuado, possa estar sofrendo igualmente a ação das medidas governamentais para a contenção do gasto de energia.



Dica de duas outras "aventuras possíveis" neste final de segunda-feira ainda não desativada como dia útil: a leitura dos artigos mais recentes de Beatriz Acerra e de Daniel Guerrini, da "sociedade botucatuense dos poetas vivos", que me inspiraram a prosseguir na arte do diálogo com as notícias dos jornais.



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