JOGO, CERVEJARIAS E SELVAJARIAS
Pablo Emmanuel - Professor no DF
Após vitória do Flamengo neste domingo último, a vizinhança perdeu o controle, empreendendo uma bagunça infernal na rua. Um daqui gritou tanto que mais parecia um jumento sendo amarrado pelos bagos. Horrível.
Um dos flamenguistas passou defronte a minha casa, urrando: "Satisfação rubro-negra!", talvez no afã de ver alguém abrindo a janela para fazer coro com a sua embriaguez mefistofélica.
(Numa cidade-satélite de Brasília, um policial militar, Ã paisana, fora de serviço, tentou impedir os abusos de um flamenguista armado no meio da rua. Levou um balaço na cabeça).
Lembrei-me de um provérbio do Talmud que fala sobre o bêbado intemperante: "no primeiro copo, cordeiro; no último, porco".
Mulheres horríveis, Ã maneira de machos, soltando rojões, pareciam umas bruxas. Cada qual com uma latinha de cerveja na mão.
Tudo bem, nada contra o Fla. Quando criança, eu torcia para o time, que tinha grandes figuras do nosso futebol. Depois, eu deixei esse negócio de torcer para lá. Vi que torcida de futebol era escola de fascismo. Uma perda de tempo.
O mais engraçado é que essas pessoas negam a teoria da evolução e se acham frutos de uma criação divina, Ã imagem e semelhança de Deus, quando nada mais fazem do que imitar gorilas territoriais.
Repelem a ideia de que o "homem veio do macaco". Não veio, de fato, mas está retornando a ele, da maneira mais lamentável.
Parabéns. E que São Saulo (que foi romanizado para Paulo) retorne com Jesus, em breve, para escrever mais Epístolas ao Corinthians.
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