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Erotico-->UMA CARTA INDECENTE (5) – PARTE I -- 14/02/2008 - 12:19 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA CARTA INDECENTE (5) – PARTE I


Por se tratar de um texto grande, resolvi dividi-lo em duas partes. Eis a primeira:
Escrevo-te para passar o tempo, para ocupar-me de alguma coisa enquanto as horas teimam em andar lentamente, como se os ponteiros estivessem emperrados; escrevo-te para divertir-te quando eu estiver partido e não me tiveres mais para fazer de tuas noites, momentos imemoráveis de prazer.
Olho para esta cama vazia -- onde jaz meu corpo nu -- para este quarto solitário e é inevitável a presença nos meus olhos de tua imagem e dos contornos precisos de teu corpo. Como numa grande queima de fogos a comemorar a passagem de ano, as imagens de nossos corpos vão se formando no meu cérebro, numa seqüência incrível, mais bela e encantadora do que qualquer show pirotécnico.
Sobre o criado mudo jaz uma pulseira de ouro, deixada por você por acaso. Ou a teria deixado intencionalmente, com o propósito de me fazer pensar ainda mais em ti? Se esta foi sua intenção, não precisava; pois como poderia não pensar em ti depois da noite que tivemos? Foi mais que um sonho. Dir-se-ia tratar-se de um devaneio, daqueles que muitas vezes temos ao se deitar, ao se perder em pensamentos antes que o sono venha nos roubar as fantasias. Talvez o sono tenha misturado tudo e eu esteja confundindo a realidade com a fantasia. Mas acho isso pouco provável. A lembrança de ti ao meu lado, esse objeto esquecido aqui, o cheiro impregnado no colchão de teu sexo misturado ao meu – embora os lençóis tenham sido trocados – são a prova mais viva de que tudo que jaz em minhas lembranças não são produtos da minha imaginação, de uma mente doentia, da cabeça de um homem que, embora não seja mais um rapazinho, também não é tão velho assim para confundir tudo; aliás, não me sinto velho nos meus quarenta e três anos. E você é a prova disso; é a prova de que uma mulher jovem é capaz de revigorar um homem, de fazê-lo se sentir um rapazola de dezoito anos, no ápice da sexualidade.
Mas não é acerca da minha idade, das minhas peripécias sexuais que estou rabiscando essas linhas um tanto inelegíveis. É sobre a noite de ontem – se é que podemos chamar aquilo de uma noite; a mim pareceu mais que uma vida inteira vivida em tão poucas horas.
Ah, como o destino nos prega cada peça! Como um pequeno acontecimento pode mudar completamente a nossa vida? Hoje era para eu estar voltando para casa, para junto de meus filhos, pois não costumo deixá-los sozinhos desde a morte da mãe há três anos e meio (Sara, ah minha Sara! Que Deus a tenha!), e estou eu aqui, nesse quarto de hotel, despido dos pés à cabeça, torcendo pela hora passar e chegar logo a note, para que possamos nos encontrar e (quem sabe!) viver mais uma noite de loucura; uma noite onde os instintos nos guiem através das horas, noite adentro como numa viagem insólita pelo mundo as sensações.
Ah, jovem Maria Rita! O que vistes neste homem de meia idade? Por que se entregou com tanta facilidade e obstinação? O que te fizestes decidir a buscar nele aquilo que encontrarias com maior abundância em homens bem mais jovens? A experiência? A certeza de ser tratada como a atriz principal e não como mera coadjuvante no espetáculo do coito? Ou seria ainda a paciência, a falta de pressa em chegar ao último ato, quando o espetáculo finda e nem todos ficam satisfeitos? Ou seria um pouco de cada coisa? Seja lá! Não faz diferença. A verdade é que encontrastes o que procurava. A maneira como teu corpo achou o meu durante toda a noite é a certeza de que tua procura não foi em vão.
Confesso, minha flor (posso te chamar de minha flor? Pois o teu desabrochar foi mais belo, mais intenso do que o desabrochar da mais bela flor que a natureza foi capaz de criar), que durante todo o dia fiquei como que abobalhado, feito uma criança que se encanta com um bibelô há tanto tempo desejado, como que não acreditando que uma jovem de apenas vinte anos, de traços tão delicados, de um olhar tímido (Foi a primeira impressão que tive ao socorrê-la, ao pegar em seu braço para levantá-la. Bendita hora em que fui atropelar-te!), de uma voz tão calma (embora naquele momento esperasse o contrário, apesar da culpa ter sido toda minha) fosse capaz de transformar uma noite como outra qualquer numa noite de prazeres inimagináveis. Mas eis que o destino foi capaz de ajeitar tudo.
Eu só queria saber onde tu aprendeste tudo isso. Quem te ensinou a arrancar de um homem todo o mel capaz saciar tua insaciável fome? Onde aprendestes a usar teu corpo para cavoucar nas profundezas mais distantes do corpo masculino e trazer à tona os movimentos, os gestos, as palavras capazes de satisfazer o que não pode ser satisfeito? Ah, como eu gostaria de saber!
Embora meu pau (desculpe-me usar esse e outros termos chulos, mas prefiro esse termo a usar “falo”, pois esta palavra me parece tão impessoal. É como se eu não estivesse falando do meu próprio órgão sexual, e sim de um objeto qualquer) não tenha sido chupado por muitos lábios nos meus quase trinta anos de vida sexual, nas vezes em que isso aconteceu não foi nada comparado ao que fizestes na noite passada. Seus lábios, ao deslizarem pela glande, faziam-me arrepiar até a última célula do corpo. Era com se uma descarga elétrica mais forte que um raio saísse de tua boca macia. Talvez fosse o modo como fazias a língua deslizar ao redor daquela parte áspera e tão sensível (não sei que nome tem) da cabeça do meu pau; talvez fossem as carícias de tuas mãos delicadas apertando-me levemente os testículos enquanto tua boca engolia-me a pica nervosa (Lembras-te como ela tremia entre teus lábios?). Ah, que prazer! Que vontade de ir para cima de ti, de agarrar-te os seios tão rijos, tão firmes, enquanto rasgava tua boceta úmida, ardente e sedenta (apesar de não a tivesse tocado ainda, era assim que eu a imaginava)!
Eu te avisei que o gozo estava próximo, que eu não tinha mais como me segurar. Não foi? Mas parece que não quis me ouvir. Ou você estava tão absorta em chupar-me o pau que não ouviu minhas palavras? Não acredito. Alertei mais de uma vez. E também deves ter notado os movimentos agoniados do meu corpo e principalmente a inquietação da minha pica. Talvez você quisesse justamente que isso acontecesse para sorver aquele líquido como se este fosse um mel. Ah! Mas na hora H não tivestes coragem, hein!? Ao sentires o primeiro jato, erguestes a cabeça e os jatos pintaram teu rosto. Ah! Que cara mais estranha fizestes naquele momento! Se não fosse pelo sorriso que se seguiu, talvez o encanto daquele momento não se tivesse sido perfeito. Posso estar enganado, entretanto aquele sorriso foi um sorriso de contentamento, um sorriso de criança após uma grande travessura.
E você queria mais. Aquilo fora só o começo. A noite ainda demoraria a passar e o tempo conspirava a nosso favor. Você queria experimentar as sensações que eu acabara de experimentar, não é verdade? Vi nos seus olhos. Quase pude ouvir seus pensamentos a me implorar: “Chupe a minha boceta! Eu também quero gozar assim”. Se estes pensamentos não te passaram pela cabeça, algo parecido deve ter se passado. Estava nos seus olhos, nos seus lábios quando, arrastando-me para cima de ti, para os teus quadris, pedi-te para abrir as pernas que ia beber da água da vida na própria fonte. Vi como achaste graça das minhas palavras. Na realidade pretendia dizer “o néctar das ninfas”, mas acabou saindo foi isso aí mesmo. Também não faz diferença; o efeito seria igual.
Nunca fui homem de muitas mulheres. Meu coração é fraco e me apaixonei por todas elas. E um homem apaixonado não tem olhos para outras mulheres. Por isso acabei casando cedo. Fui fiel à Sara todos esses treze anos. Nem mesmo bolinei com qualquer outra mulher, embora oportunidades não me tenham faltado. Antes de Sara porém tive algumas namoradas. E tenho de te confessar. És a primeira com uma boceta com pêlos tão grandes. Menina, que isso! Não estou te criticando, longe de uma coisa dessas! Até porque fiquei encantado. Mas nunca tinha visto uma coisa assim. Eram quase mais compridos que os cabelos da minha cabeça. Tudo bem que visitara o salão anteontem, mesmo assim os fios negros da tua xoxota são como uma plantação de arroz, quando ainda não floresceram. Aliás, tenho cá comigo que foi isso que acabou me excitando momentos depois de ter gozado nos teus lábios vermelhos. Ah! Quando levei a mão naqueles pêlos negros e afastei os grandes lábios para introduzir a língua e aquela coisa toda rosada se abriu feito uma tâmara, quase tive um troço. Não pude resistir e mergulhei a cara na tua vulva -- ou melhor: xoxota, bucenta; menos vulva -- suculenta. Nada neste mundo me faria tirar a cara dali.
Não tive coragem. Contudo, enquanto tu te contorcias toda, num prazer incontido, deixando escapar sussurros de tudo enquanto era tipo, enquanto minha língua desesperada percorria teu clitóris de incontáveis formas, fazendo-o vibrar, uma vontade quase incontrolável de aproximar os dentes e morde-lo levemente, fazendo com que a dor se misturasse ao prazer, se apoderou de mim. Não o fiz por medo de que isso interrompesse o gozo que se aproximava. E se a dor, ao invés de te provocar mais prazer, tivesse o efeito contrário? E se o prazer desse lugar a um medo, ao desconforto e fizesse desejar não que eu continuasse, mas que parasse de bolinar-te com a língua? Não, não podia me arriscar. Assim, eu me contive e reprimi aquela vontade passageira. Mas foi por tão pouco tempo; pois num instante seguinte você se contorceu num gozo que fez a cama trepidar. Naqueles pouquíssimos segundos, enquanto tuas entranhas vibravam freneticamente, um outro desejo me passou feito uma brisa, que vem não sei de onde e vai para não sei onde. Enquanto teus grunhidos abafavam qualquer tipo de som vindo do exterior, enquanto de teus recantos mais profundos escorriam um líquido incolor e viscoso e no qual eu quase me afogava, senti um desejo de entrar dento de você e descobrir a fonte de todo aquele prazer. Contudo, era óbvio em se tratar de um absurdo. Como eu poderia entrar em ti se meu corpo era bem maior que o teu?
Então levastes a mão a minha cabeça e a puxastes, como se quisesse me tirar dali e trazer-me mais para cima de ti. Eu obedeci sem dizer palavra, pois há momentos em que as palavras não são necessárias e os gestos são capazes de dizer coisas que nem todas as palavras do mundo são capazes de dizer. Assim, fui para cima de ti, até que nossos rostos se encontraram e, colados um ao outro, contemplaram o silêncio. E embora em alguns momentos o silêncio possa ser angustiante, noutros – como naquele momento – é onde se contempla o mais profundo deleite, onde absortos dentro de si, se deixa fluir da forma mais intensa aquele conjunto de sensações.

(continua)

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