Eu e quantos agentes,
Como a Terra, cheios,
Como a Lua, carentes,
Só Sol, raros anseios.
Ânsias simplórias, mas serenáveis.
No fundo, no fundo, sexo a sós.
No raso, as questões abomináveis,
Eventos seqüenciados, em nós.
Paupérrimas graças, desdéns.
Criar o possível útil é raro.
Erramos tal rato de armazéns.
Face à fartura, adeus faro.
E trocamos o gozo pelo gosto.
Mais vale o rabo da serpente,
Cujo chocalhar nos é imposto,
Que ser o Ser independente?
|