Escabrela mirou o horizonte.
Jamais estivera transmonte,
Cismares foi que nascera.
Da janela o mundo que vê,
Sonha ela querer tê-la.
Passam eventos e segue sua marcha o mundo.
Estática está Escabrela
Na sua inércia, na sua janela,
No seu transe, no seu sonho infecundo.
Giramundo em torno ao sol.
Vagas vidas, vagos lumes.
Amargas lidas, envolvem tapumes.
Fecha-se o cerco, aperta-se o nó.
Sai dessa vida Escabrela.
|