Usina de Letras
Usina de Letras
175 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62228 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10365)

Erótico (13569)

Frases (50624)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Cantigas de escarnho e maldizer -- 09/09/2001 - 18:17 (Francisco Barros Cascalhar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
IX

Se nôm somos felices no tempo presente

jamais o seremos ao longo dos anos,

pois de outros governos è tâm diferente

o que temos,que dizem ser de enanos,

mas o que è a paga que è o importante,

falam as mâs linguas que è de gigante.

E digo eu:-Se querem crescer,

an-no mester,an-no mester!



Dizer que è de enanos nôm è felonia,

e sô indicar a constante no governar,

jà que todos parece que tenhem mania

de mal fazer,bem comer e moito roubar,

eisso porquè,o de enanos como dizem,

nôm è impedimento para que se cotizem.

E digo eu:- Se querem crescer,

an-no mester,an-no mester!



Tamèm falam as linguas viperinas,

que nôm sôm enanos,que sôm pigmeos,

pois ten-se visto cousas tâm peregrinas

como o de medrar colgando-se dos cabelos,

e seria de bom proveito que assim fora,

mas nunca tal se viu nem se verà agora.

E digo eu:-Sequerem crescer,

an-no mester,an-no mester!



De o livro -

Cantigas de escarnho e madizer de chankecham

XIII

Por liberar-me de certos males,

fui petar ao paço dos tribunales.

Logo saiu à porta um empregado,

que amavel preguntou desta guisa:

-O que deseja home tâm preocupado?

-Aqui venho a procura de justiça!

Ouvido esto,rompeu a rir o assalariado,

e nôm parou atè morrer de risa!



Fui entôm detido e a prisôm levado,

como um vil e nojento condenado,

mas achando-me mal no estabulàrio,

fui ao alcaide,quem com voz submissa,

disse:-Que deseja deste seu criado?

-Sô venho a procura de justiça!

Tal ouviu,escachou a rir o funcionàrio

e nôm parou atè morrer de risa!



Achando-me em posse de tal poder,

dei por fazer o que bem entender,

obrando como à real gana lhe petava,

e a quem de mo privar tinha cobiça

bastava que,como aos outros lhe citara

a frase de:-O que procuro è justiça!

Para que a rir de sùpeto escachara

nôm parando atê morrer de risa!



De o livro-

Cantigas de escarnho e mal dizer de chankecham.

XVI

Ouvir amigos o pasmado que estou:

Escutei o outro dia pela televisôm,

a um homem fogoso como tourôm,

que pesse a ter de tudo se lamentava,

de nôm ter para seu solaz umha cabra.

Ora digo eu:-Quem faz tal pregôm

por força tem que ser cabrôm!



Nôm hâ dùvida que o tal sujeito,

tem gosto apurado e fino paladar,

dizem ser de boa mesa e melhor jantar,

tamèm que habilidoso sovador ele è,

de tetas e coxas,sentado ou de pê

Mas penso eu hoje como entôm,

que quem gosta de cabra è cabrôm!



Dizem os mais que fala moito bem,

pois com dineiro umha moça engaiolou,

tâm jovem que em anos hà tempos dobrou

e por se for pouco, tem sona e fama,

de trabalhar moito e bem na cama.

mas dizem os que bem nados sôm,

que quem gosta de cabra è cabrôm.



De o livro-

Cantigas de escarnho e mal dizer de chankecham.

http://www.xente.mundo-r.com/iltrovatorechankecham/

Email: trovatorechankecham@mundo-r.com

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui