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cronicas-->Quadrilha de chefes -- 26/07/2009 - 15:49 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quadrilha de chefes

Aroldo Arão de Medeiros

Quando alguém se depara com o termo quadrilha, vem à memória algo ruim, porque o significado da palavra é bando de ladrões, assaltantes. Juntando esse vocábulo a chefe percebe-se que a barra sujou mais ainda. Pensamentos estranhos assomam a nossa mente temerosa, pois vivemos num mundo cheio de intrigas, falcatruas, violência e guerras. Podemos levar para o lado de união dos grupos de mafiosos, pois a mesma, por ser considerada malfeitora para todos que não pertencem às famílias e seus superiores, são chamados por todos de chefes.
O que ninguém pode esperar é que quadrilha de chefes tenha correspondência com quatro pessoas que trabalham em uma indústria e que uma deles foi, outra é e duas outras tentarão ser, chefes.
As informações que ora desfilam as vistas dos mortais foram relatadas por Aurélio, um amigo de infància que encontrei há vinte dias, numa separação que perdurava por mais de trinta anos.
Relatou-me que no primeiro caso, o sujeito saiu da empresa por ter já idade e contribuição suficiente para requerer aposentadoria ao INSS. Como seu lema era trabalho, no dia posterior a sua saída apareceu na sala que ocupou por mais de trinta anos a procura de serviço. Sua intenção, porém, não era ajudar os colegas de trabalho e ex-subordinados. Planejava prestar serviços com honorários superiores ao que recebia quando na ativa. Conseguiu, com o consentimento da pessoa que tomou o seu lugar, principalmente porque essa não tinha confiança no que fazia. Esse pequeno grande homem, pequeno na altura e grande na força que tinha na empresa, passou a ser conhecido por ex-atual chefe.
Sua ex-atual subordinada fazia tudo o que ele ordenava. Digamos que para soltar um pum, pedia permissão para o ex-atual. Pelos subordinados passou a ser conhecida pelo título pejorativo de chefinha. Coitada, ela era tema de gozação graças a sua incompetência, insegurança e apego às picuinhas do dia-a-dia com os subordinados. Só não passou a sofrer mais porque desconhecia o que falavam pelas costas.
Havia outro sujeito que entrou na empresa com o firme propósito de ser chefe. Passaria por cima de todos, machucando-os, se fosse necessário, para conseguir o intento. Baseava-se nos ensinamentos de pai, que havia sido chefe na mesma empresa por um longo tempo. Especializou-se em alcaguetar os colegas para ter méritos com a chefinha. Outra de suas características que sobressaía era prestar atenção em tudo e em todos. Com essa atitude entrava nas conversas sem ser convidado, dando palpites, embora muitas vezes desprezado e ridicularizado por seus pares. Deram-lhe o cognome de chefe-quase-em-exercício.
Por último havia o expert em terceirizar seus serviços. Sempre dava um jeitinho de passar os afazeres para outro. Possuía carta branca da chefinha. Estava tentando galgar os passos e tentar ultrapassar o chefe-quase-em-exercício. Seus colegas o apelidaram de assistente da chefinha.
Confidenciou-me Aurélio:
- A corrida está boa. O ex-atual chefe não larga a teta e fatura cada vez mais. A chefinha não quer largar a gratificação de função e os outros dois lutam com as armas que possuem para assumir o pódio.

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