Peço desculpas. Desde ontem tento dizer isso. Faltam palavras, eu sei. Porém, não posso usar aquelas em que me dirigi a você. Pensei em passar um e-mail. Talvez um do tipo cartão para alegrar seu dia. Tudo me passou pela cabeça, menos pegar o telefone. Sei que deveria ter feito isso logo após a discussão, mas meus nervos não deixaram.
Como você bem disse, é a terceira vez que cometo o mesmo erro. Já não sei se minhas desculpas serão aceitas. Já não sei se atenderá o telefone, apenas imagino que mereço a quarta chance.
Dia desses estava lendo sobre a melhor forma de cultivar uma amizade, e uma delas é saber usar as seguintes palavras: com licença, obrigado e desculpa. Usamos o obrigado, não é? Creio que sim. Temos licença para a maioria das coisas.E a desculpa? Essa vem agora, depois dos erros.
Espero que não seja tarde. Anseio receber uma resposta feliz no fim do dia. Se mereço? Boa pergunta. Talvez não. Mas a tentativa é válida. E, com essa carta, estou com o pensamento fora de mim. Perto do correio da sua casa. Não distante da esperança que você leia isso. E junto de você, sempre.
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