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Textos_Religiosos-->Santo Sudário, mistério que não deixa de fascinar -- 04/03/2008 - 11:17 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Santo Sudário, mistério que não deixa de fascinar

Congresso Internacional no Ateneu pontifício «Regina Apostolorum»


Por Antonio Gaspari

ROMA, segunda-feira, 3 de março de 2008

ZENIT.org

O Santo Sudário é um dos mistérios mais estudados do mundo. Quem é o homem impresso no sudário? Como é possível que este manto suscite ainda hoje a atenção e devoção de milhões de pessoas?

Aconteceu em 29 de fevereiro um Congresso Internacional no qual se recolhem as hipóteses e os estudos científicos sobre o Sudário, organizado no âmbito das atividades do Mestrado em Ciência e Fé do Ateneu Pontifício «Regina Apostolorum» (APRA).

No encontro participaram o professor Nello Balossino, vice-diretor do Centro Internacional de Sindonologia; Petrus Soons, autor da imagem hologrâmica do Sudário; Avinoam Danin, catedrático de Botânica da Universidade Hebraica de Jerusalém; o Pe. Gianfranco Berbenni, da Universidade Pontifícia Lateranense; e Luigi E. Mattei, autor da reconstrução tridimensional do Homem do Sudário.

Para aprofundar no conhecimento de um mistério que não deixa nunca de fascinar, Zenit entrevistou o professor Nello Balossino, vice-diretor do Centro Internacional de Sindonologia.

–Depois de tantos anos de estudo, em sua opinião, quem é o homem do Sudário?

–Balossino: As investigações interdisciplinares sobre o Sudário são ultracentenárias. Algumas delas deram resultados inequívocos e muito significativos; outras, ao contrário, só puseram as bases para ulteriores aprofundamentos. Todas coincidem em dizer que de modo verossímil o sudário não é algo fabricando, mas que pode ser o lenço que envolveu o corpo de um homem submetido ao martírio da crucifixão com as características descritas nos Evangelhos.

Portanto, pode tratar-se de Cristo. Também as investigações levadas a cabo por nós contribuem a dar valor a esta hipótese, enquanto só com a elaboração eletrônica dos dados aparece alguma informação latente; são exemplos disso alguns detalhes sobre as feridas do rosto que se manifestam graças à informática e não são visíveis por observação direta do lenço.

–Qual é a importância da análise do carbono realizada no Sudário, na descoberta da verdade?

–Balossino: A descoberta da verdade, se por verdade se entende a prova irrebatível de que o lenço é o que envolveu o corpo de Cristo, é provável que não aconteça nunca. De qualquer forma, a data com carbono, exame controvertido também para restos diversos do Santo Sudário, não atrapalha as investigações interdisciplinares levadas a cabo ao longo dos anos, porque se trata de uma prova que poderia voltar a colocar-se em questão.

A datação com carbono não elimina nada do que está contido na imagem, ou seja, os sofrimentos padecidos por um homem. Pelo que se refere à validade da radiodatação aplicada ao Santo Sudário, que como se sabe foi submetida a diversos tipos de contaminação no curso dos séculos, entre eles o mais conhecido é o do incêndio de Chambéry, devemos ser muito cautos ao tirar conclusões apressadas sobre os resultados obtidos; e isto também porque o protocolo aplicado em 1988 estava fora dos acostumados esquemas, como o de extração de mostras ao acaso, que não foi aplicado. Dá-se nestes dias um provável reexame da metodologia por parte de quem a usou no Santo Sudário.

–Em sua opinião, é possível fixar exatamente a datação do Santo Sudário? Quais são os instrumentos e as técnicas que poderão proporcionar um quadro razoável sobre o qual refletir?

–Balossino: Considero que a escolha da metodologia que permita datar exatamente o tecido deve ser decidida por um grupo de especialistas interdisciplinares. Isto com o fim de evitar recair no erro da radiodatação. Uma técnica para conseguir obter a datação dos tecidos é, por exemplo, a de despolimerização da celulose, cuja maior qualidade é a de não ser influenciada por contaminações de qualquer tipo.

–É verdade que sobre o tecido ficaram traços de sangue do Crucificado?

–Balossino: Sobre o Santo Sudário há numerosos traços de sangue que brotaram do homem crucificado, tanto quando ainda estava vivo como depois da morte, como o evidente da ferida do lado direito.

–Existe uma explicação científica capaz de reproduzir o estigma de um homem envolto no lenço exatamente como sucedeu com o Santo Sudário?

–Balossino: Há numerosas teorias propostas sobre a gênese do estigma; as mais acreditadas porque produziu imagens similares à do Santo Sudário são as seguintes:

- Teoria do contato: o corpo do homem do Santo Sudário deu origem aos estigmas por contato direto com o lenço por um período inferior a 40 horas; não há, com efeito traços de putrefação.

- Teoria vaporífera: os vapores emanados do cadáver reagiram com a solução de áloe e mirra presente possivelmente sobre o lenço enquanto substâncias usadas para frear os fenômenos de putrefação.

- Teoria da energia radiante: energia de vários tipos, como, por exemplo, a eletromagnética ou a de luz, ou ainda a da transformação da matéria em energia (reproduzível só com a explosão nuclear) atuou sobre a solução de áloe e mirra.

Deve-se dizer que as experimentações se dirigiram só ao rosto e encontraram muitas dificuldades aplicativas; imagino os problemas que certamente surgirão considerando o corpo na parte frontal e dorsal.

–Por que, em sua opinião, há tantas pessoas que temem descobrir no lenço misterioso os estigmas de Jesus?

–Balossino: Talvez porque temem ter de admitir que há dois mil anos houve um homem disposto a sacrificar-se pela humanidade e hoje existem muitas pessoas que, ainda que não nos limites extremos de Cristo, entregam-se pelo próximo e não pensam só em seu egoísmo.


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