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Cronicas-->As peladas, as escolinhas de futebol e o Futsal - Parte II -- 15/08/2009 - 21:02 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As peladas, as escolinhas de futebol e o Futsal - Parte II
Carlos Claudinei Talli

Neste artigo quisemos expressar, primeiramente, a abominação que sentimos pelas chamadas escolinhas de futebol e, em seguida, analisar a possibilidade de o futsal substituir as peladas na revelação de novos jogadores para o futebol de campo.

Esperamos ter alcançado o primeiro objetivo com a argumentação exposta na primeira parte. Vamos, agora, passar à segunda.

Enxergamos no futebol de salão duas características que poderiam facilitar o surgimento de novos valores para o futebol de campo.

1ª - Como o espaço de jogo é extremamente reduzido, o jogador é forçado a desenvolver tanto a rapidez de raciocínio quanto a habilidade para realizar jogadas em pequenos espaços.

2ª - Também consequente às reduzidas dimensões de uma quadra, qualquer jogador está sempre perto do gol adversário, e, por isso mesmo, a todo o momento na iminência de fazer um gol. Assim, o salão gera uma excelente oportunidade para que futuros atacantes de área para o futebol de campo se desenvolvam.

No futsal, ainda, é frequente o praticante aprender a usar os dois pés para aproveitar melhor as oportunidades surgidas. Esse é mais um ganho adicional. Aliás, na nossa ótica, é inconcebível um atacante de futebol, principalmente um centroavante, não saber concluir as jogadas com os dois pés. É só uma questão de treinamento. Mestre Telê, se ainda estivesse vivo, não me deixaria mentir. Um bom exemplo de atacante que se iniciou no salão e se transformou num dos maiores jogadores de conclusão que o mundo já viu, sem dúvida, foi Romário.

Entretanto, existe um difícil desafio para que um grande jogador de futsal - o virtuose - consiga se transformar num fora de série dos gramados: a adaptação ao aumento dos espaços. A maioria não consegue fazer essa travessia com sucesso. Criatividade é a solução. Aprender a ocupar a imensidão de um campo de futebol - quando comparado a uma quadra - e conseguir fazer uma síntese proveitosa entre o jogo curto e de raciocínio rápido, do salão, e o longo e preciso, do futebol - das viradas de jogo, das enfiadas de bola, dos lançamentos milimétricos em profundidade, dos cruzamentos feitos com `a mão´ -, são as dificuldades a serem enfrentadas e vencidas.

Os poucos que conseguiram realizar essa fusão se transformaram nos monstros sagrados da história do futebol. Alguns bons exemplos desse tipo de jogador foram, no passado, Rivelino e Maradona, ambos canhotos, e estão sendo, atualmente, os ainda candidatos a foras de série Ronaldinho Gaúcho e Robinho, destros. É raro encontrar um fora de série que não tenha passado pelo salão. Também Ronaldo, o Fenómeno, frequentou as quadras.

Então, o que acima foi colocado nos força a fazer a seguinte pergunta: o futebol de salão poderia, nesses tempos em que praticamente todos os campos de várzea já desapareceram, substituir as peladas na formação dos grandes craques?

Mais uma vez nos atrevemos a responder: achamos pouco provável, senão, impossível. O que acontecia, antigamente, era que os mesmos garotos que jogavam futsal nas quadras, também praticavam a pelada nos inúmeros campos de várzea existentes. As duas coisas eram feitas paralelamente. Assim, não havia a necessidade de uma adaptação, como acontece nos dias atuais. O que era aprendido e desenvolvido num esporte era aproveitado naturalmente no outro. As duas modalidades eram complementares.

Apenas praticando o futebol de salão, muitas qualidades são adquiridas, e elas foram aqui realçadas, porém, em contrapartida, inúmeros vícios passam a fazer parte do comportamento dos atletas em função da falta de espaço, e livrar-se deles posteriormente se torna extremamente improvável.

Que o digam os `Manueis Tobias´ e os `Falcões´ do futsal, que tentaram, sem sucesso, fazer essa difícil travessia.
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