EXISTENCIAL – I
A vida é um barco frágil
Tateando nas águas do mar
E como navegar é preciso
Ele vive ondeando a apanhar
A vida é essa roda enorme
Girando, rolando gigante
Que envolve, tonteia, despacha-nos
Mais tonto agora que antes
A vida parece uma praia deserta
Com mistérios e sonhos de sereia
Mas o vento roçando na areia
Nos faz cegos na medida certa
A vida se quiseres mesmo saber
Menino, é essa baita bola disforme
Pega e aboleta-a nas costas
Franzino, que tua dívida é enorme
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