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cronicas-->Um grande jogador de futebol! -- 20/08/2009 - 16:22 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um grande jogador de futebol!
Carlos Claudinei Talli

Quais seriam as qualidades que um grande jogador de futebol deveria possuir?

Vamos enumerar as principais e tentar encontrar os jogadores - ou o jogador - que mais se destacaram em cada uma delas.

1 - Habilidade: neste quesito, provavelmente quem mais sobressaiu foi Maradona. Apesar de jogar apenas com a perna esquerda, ele mantinha com a bola um dialogo tão estreito que entre os dois parecia não existir um limite definido. Eles, jogador e bola, se fundiam e se tornavam uma coisa só, surgindo a distinção apenas quando ele resolvia afastá-la ao fazer um passe ou concluir uma jogada. Um lance que espelha muito bem o que acima colocamos foi o gol que Maradona marcou contra a Inglaterra, driblando quase o time inglês inteiro, com a bola colada ao seu pé esquerdo, como se ambos fossem um só. Apenas na feitura do gol é que essa belíssima unidade foi desfeita. Sem dúvida, este se tornou um dos gols mais bonitos de todos os tempos.

2 - Refinamento: No futebol dos dois que escolhi para representar a beleza do jogo tinha hora pra tudo: hora de jogo rápido, hora de jogo cadenciado, hora de jogo sério, hora de jogadas de efeito, entretanto, tudo feito na hora certa, e sempre de uma maneira refinada. Por exemplo: uma `matada´ de bola no peito de qualquer um dos dois não significava que ela morria. A bola apenas adormecia, para, em seguida, acordar alegre como que saindo de um sonho mágico. E ela não adormecia apenas quando tocava o peito deles. Se ela batesse nas costas, na canela, no joelho, na orelha ou em qualquer outra parte do corpo, simplesmente se aquietava, como uma criança quando se aproxima do seio materno. Vocês já devem ter adivinhado. É lógico que estou falando de Ademir da Guia e de Zinedine Zidane! Podia ser diferente?

3 - Inteligência: aqui logo me vem à mente a figura de Johan Cruyf, o incrível holandês. Foi o único jogador que conseguiu criar uma maneira totalmente nova de se jogar futebol, tornando-se assim um verdadeiro `revolucionário´ desse esporte. Sem ele, o espetacular carrossel holandês não teria existido. Foi um dos poucos jogadores a se enquadrar no perfil do que convencionei chamar `jogador total´: aquele que defende, arma e ataca com a mesma eficiência.

4 - Capacidade de concluir as jogadas e transformá-las em gol: nessa qualidade, os estrangeiros que me desculpem, mas o baixinho Romário foi insuperável. Geralmente, com toques sutis e geniais, em pequenos espaços, de três oportunidades surgidas, no mínimo, dois gols eram realizados. Que aproveitamento sensacional. E ainda, para `concluir´, com sua baixa estatura e com uma impulsão que deixava muito a desejar, conseguia fazer inúmeros gols de cabeça apenas explorando a sua excepcional capacidade de se colocar bem dentro da grande área. Só para dar um exemplo, lembremos o gol que fez no 1x0 contra a Suécia na semifinal da Copa de 94. Vocês já imaginaram se ele tivesse levado mais a sério a sua brilhante carreira?

5 - Explosão muscular (na linguagem popular: arranque): vou lembrar de dois grandes jogadores, um do passado e outro que ainda tenta voltar aos seus melhores dias, apesar das inúmeras e graves contusões. Estou me referindo a Eusébio, jogador português da década de 60, que dificilmente era parado pelos zagueiros adversários, e ao nosso Ronaldo (o Fenómeno), um dos principais responsáveis pela conquista do pentacampeonato em 2002, mesmo tendo jogado com no máximo 60% de suas melhores condições físicas.

6 - Impulsão: os mais jovens não conheceram, mas sem dúvida Baltazar, `o cabecinha de ouro´, centro avante do Corinthians campeão paulista de 1954 - ano do quarto centenário -, se destaca de todos os demais, deixando-os a quilómetros de distància. Até música de carnaval ele inspirou por causa dessa sua capacidade de subir no ar para concluir de cabeça os cruzamentos milimétricos de Cláudio Cristóvão do Pinho.

7 - Cobrança de faltas: imediatamente me vêm à mente dois grandes cobradores - Zico, para as faltas próximas à grande área, e Marcelinho Carioca, para as de qualquer distància, de perto e de longe. Muitos outros se destacaram nesse quesito: Jair da Rosa Pinto, Didi, Pedro Rocha, Dicá, Neto, Nelinho, Pepe, Eder, Rivelino, Maradona, Zenon, Ailton Lyra, Roberto Dinamite, Platini, Roberto Baggio, Rogério Ceni etc.

Agora uma pergunta se tornou obrigatória: seria possível um único jogador reunir todas essas qualidades acima enumeradas?

Comecei a escrever este artigo com uma idéia fixa na minha cabeça, e neste momento vou revelá-la.

Qual seria a melhor maneira de descrever o futebol do Rei Pelé?

Pois bem, Pelé foi a somatória de Maradona, Ademir da Guia, Zinedine Zidane, Cruyf, Romário, Eusébio, Ronaldo (Fenómeno), Baltazar, Zico e Marcelinho Carioca.

Vocês querem mais?

De quebra, foi o jogador que melhor executava um fundamento que deveria ser obrigatório na carreira de todo atleta profissional do futebol: chutava com a mesma eficácia com os dois pés.

Não é uma brincadeira? Uma verdadeira covardia?

Ele não poderia ter jogado futebol neste planeta.

Pois o seu futebol, não era deste mundo!
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