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Cronicas-->VIAGEM ASTRAL (Passeios da alma à procura do vazio ou do... -- 27/03/2001 - 03:06 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIAGEM ASTRAL
(Passeios da alma à procura do vazio ou do espírito sano...)

Eustáquio Mário Ribeiro Braga (Tha©kyn 27/03/2001)

Levanto a cabeça, abro a porta do pensamento e procuro-te. Tento também me levantar te levantando. Tendo erguer-te me erguendo desse imenso buraco negro que se formou em nosso redor. Parecemos sair de um sonho; desse sonho inacabado; dessa concha enorme que encobrem sorrisos e desejos, quiçá gozos... dessa bolha viva que nos traga para esse mundo paralelo; para uma outra dimensão longínqua tão perto e tão real que parecemos estar luma lente de uma càmara em um filme super oito no milênio passado. Queria saber a causa de tanto sonho sem sono, de tantas camas sem corpos, de tantas vidas em uma, de tantos caminhos sem volta, de tantas voltar sem retorno.

Fecho os olhos e apagou a luz da guitarra de toca em meus ouvidos, sem tirar o som e sem desafinar. Fecho os olhos da mente para o mundo e para o tempo. Mas qual mundo consigo parar? Qual música consigo tocar sem ouvir? Qual tempo consigo parar? Não sei. Tu não sabes. Nós não encontramos respostas e saímos em direções opostas... Volto ao sonho e tento fazer o mesmo. Mas como? Se, estou acordado e vejo tudo. Não, mentira não vejo nada além do mundo paralelo. Aquele diante do espelho não é eu, e aquela deitada na cama não és tu. Aliás vagamos incandescentes em brilhos como raios ou flash de luz néon transpondo barreiras e dimensões... Volto os ponteiros do meu relógio biológico e encontro-me incorpóreo. Agora sim posso fechar os olhos para o tempo e de súbito dou uma freada no mundo real e imutável. Não sou eu quem está em mim e sim a minha aura em cópia mais avançada; sem desejos e vontades; sem cor e sem brilho; sem fome e forma; o inverso de mim que reluz interno; sou um ser oco e vazio quase que pueril. Chamo a atenção daquela consciência que não é minha, mas que a mim pertence por piedade. Agora sim posso voltar ao útero do nada. Voltar ao seio do logos é difícil mas descubro que não é impossível quando se é espírito. Começo a lembrar de quase tudo através de flashes rápidos e descontínuos em um eco ensurdecedor; Lembro-me de palavras rudes sem as ouvir, eu as vejo nas telas do meu pensar poético num transe de singrar pálpebras; sinto nódulos se formarem em mim; sinto coágulos em ebulição. Continuo vendo as palavras rudes, mas agora ouço as doces palavras que escrevi. Então, foi por isto! Agora entendo porque consigo ver tais palavras; fora porque as escrevi, não porque eram doces. Nos são permitidas usa-las mas nunca desdenharas ou ferir a terceiros com elas. Aprendi outra lição nessa noite sem versos e sem rimas. Também vejo na tela do tempo passando no lume do céu, em grandes letreiros as palavras torpes que fugiram de minha boca, elas também haviam sido escritas, por isto as vi e as vejo no transe, na loucura, na paranóia que todos pensam que estou vivendo. _ Mas que me adianta o pensar sem a loucura. _ Que me adianta ao banho sem antes ter me sujado. _ Que me adianta o gozo sem o prazer. _ Que me adianta a vida sem a pretensa morte. _ Que me adiantam os sonhos sem as pedras e os caminhos. _ Que me adianta a sorte sem o azar. _ Que me adianta a mulher sem o teu amor. Carrego-me de energia, de fato consigo viajar ao cosmo e encontrar-me com o sol. Lá encontro mais letreiros e mais palavras, e mais palavras torpes que saíram espontaneamente da minha boca e de outras ainda mais felinas que devoraram linhas de milhares de folhas de papel que hoje voam no céu num lindo redemoinho estelar. Encontro-me às escondidas com as palavras indefinidas que invadiram telas e deixaram fortes sequelas. Mas invadiram e deram seu recado, mesmo se odiando por falta de zelo. Foram escritas e pagarei por isto no dia do juízo final, embora já tenha minha defesa escrita, não hesitarei em repeti-las uma a uma, letra por letra, frase por frase e folha por folha. Mas, se este dia não chegar, se não existir final nem juízo, nem cobrança ou prejuízo tudo teve sua importància porque um dia fora dito. Mesmo assim tudo tem uma razão lógica e, quero entender a minha, se é que existe uma razão ; ou uma lógica, ou mais lógicas e/ou lógica sem razão. De fato só existe a emoção na busca da razão.

Mas, primeiro quero encontrar nesse espaço livre a minha parceira, para entender mais um pouquinho o seu querer e o seu viver. Quero encontra-la em igual estado; sem marcas; sem dores; sem corpo; sem alma. Convido-a mentalmente a pensar nos conflitos existenciais, incorpóreos em encontros numa outra dimensão qualquer... Vejo nas barreiras que nos são impostas; nas falhas individuais e conjugais que nos afetam a relação interlogos. Mas, lá os problemas não existem! Ali nos encontramos e tudo são flores. Esquecemos de tudo e nos amamos em ósculos de alma. Cansado de estarmos divididos no espaço numa insólita procura do nada para o nada. Então, peço-a que saia do seu espaço espiritual e que se esvazie para eu tentar preenche-la. Mas, se tudo isso é tão passional, não teria eu que me esvaziar de novo? Pois sim, mais uma vez esvazio-me do nada. Chego a conclusão que precisamos ser dois corpos vazios para fugir do vazio maior que nossas vidas se transformou. Precisamos nos relaxar; deixar as sombras se apossarem dos nossos corpos para nos libertarmos de nos mesmos. Estou falando do se libertar incorpóreo em espírito também. Precisamos descansar a mente e desabituarmos dos excessos, das neuras, das rotinas e do possível ócio que planejamos a revelia e, da inoperància do distanciar em ondas que não tem retorno. Precisamos nos fechar para ouvirmos nossas tristes vozes se alegrarem.

Então, somos dois corpos e duas almas viajando no mesmo espaço em dimensões distintas. Urge a necessidade de se encontrar clandestinamente. Daí a razão de sermos tão diferentes: racional e emocional. Daí razão de sermos tão vazios para temos espaço para novos encontros a fim de nos completarmos explorando esse vazios que, nada mais são que espaços do amor. As rédeas soltas do destino na fênix, e somos unos eternamente... Nos renascemos das cinzas... menina da lua e menino do sol... garota das sombras e garoto das sobras e resquícios de luz... sangue e vampiro em beijo premeditado transbordando vida, sem furos e marcas, apenas, pulsando de novo, duas almas carentes de liberdade e de vóos diurnos e noturnos ambiguamente paralisados por um lapso do tempo terreno.


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