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Artigos-->A mídia, o escroque e o herói -- 30/05/2003 - 17:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"A mídia, o escroque e o herói



Paulo Diniz Zamboni



No último dia 12 de maio, foi realizada uma solenidade em homenagem à memória do capitão PM Alberto Mendes Jr., assassinado pelo terrorista Carlos Lamarca, em 1970, no vale do Ribeira. A cerimônia, feita no Quartel do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar, contou com a presença de oficiais da ativa e da reserva da polícia militar de São Paulo, convidados civis e estudantes primários.



A tropa formada desfilou perante os presentes, com acompanhamento da banda da PM, sendo entoados os hinos Nacional e da Polícia Militar, sendo lida a ordem do dia, que ressaltou a coragem do oficial Mendes Jr., além de também terem sido homenageados os pais do oficial, o sr. Alberto Mendes e a sra. Angelina, que estava muito emocionada.



O que chamou a atenção de muitos, contudo, foi a ausência da representantes do governo estadual, da forças armadas e da mídia. Particularmente não me surpreendi nem um pouco com tal comportamento dos órgãos de imprensa. Mas não deixa de ser "interessante", digamos assim, como a mesma mídia que dá tanto destaque a um picareta internacional como o rechonchudo Michel Moore, endossando suas fraudes cinematográficas (que são na melhor das hipóteses devaneios de um escroque), não dedique nem uma linha ou uns parcos segundos de programas de televisão ao episódio que envolveu o oficial PM.



Num país tão carente de heróis, e onde desqualificados assumem a cada dia mais e mais espaços no imaginário popular, a história dramática de Mendes Jr. poderia muito bem ser utilizada para demonstrar como um cidadão de bem, esforçado e cumpridor de suas obrigações, levou até o fim as suas convicções. E não fez isso ao entrar em alguma favela, onde levou tiros que o deixaram inválido (para depois sair criticando as forças da lei pelos disparos que levou de criminosos), como certos tipos que não saem da mídia. Também não o fez glorificando bandoleiros e assassinos, como pulhas e despreparados andam fazendo ("como dizia Lampião", afirmou o presidente do Brasil recentemente, e ninguém viu nada de anormal nisso).



O fato é que a memória do capitão Mendes Jr. somente é preservada pela valentia e persistência de seus antigos amigos, e dos oficiais pertencentes à unidade onde ele servia, o Batalhão Tobias de Aguiar, QG da tropa de elite da polícia paulistana, a ROTA.



A mídia, dizia eu, não demonstrou interesse em cobrir a solenidade. Talvez porque esteja preocupada em agradar aos "senhores" que ocupam o poder federal, e que eram amigos ou simpatizantes dos assassinos do então 2º tenente PM Mendes Jr.



Quanto ao governo estadual, ocorreu a omissão de sempre, quando se trata de defender as forças da lei. Recentemente, ao ser confrontado com uma fraca denúncia de "torturas contra presos políticos" que teriam sido cometidas por um delegado de polícia que ainda se encontra na ativa em São Paulo, o governador paulista, corajosa e acertadamente, lembrou que no Brasil existiu uma dispositivo legal chamado "lei de anistia", que contemplava ambos os lados. Mas como essa atitude do governador era boa demais para ser verdade, poucos dias depois ele voltou atrás no que havia dito.



Da parte do governo federal, então, nem se fala. Afinal, o que dizer de um governo cuja secretária nacional dos direitos humanos é confiada a um representante do PCdoB, um partido stalinista? Só por milagre algum representante seria enviado a uma solenidade como a feita na sede da ROTA. Quanto às Forças Armadas, elas próprias alvos de sangrentos ataques cometidos pelos terroristas comunistas, parece que jogaram a toalha mesmo, e se esqueceram desse passado tenebroso. Aliás, como também foi esquecida a família do jovem soldado do exército, Mário Kozel filho, cruelmente assassinado durante o atentado a bomba contra o QG do 2º exército em São Paulo.



Mas, no caso do capitão Mendes, seus amigos não deixam que a sombra do tempo encubra totalmente a verdade.



Digna de nota também foi a presença, na mesma solenidade, das crianças pertencentes ao 4º ano do ensino fundamental da Escola Estadual "Capitão Alberto Mendes Jr", que cantaram três músicas em homenagem ao oficial. Bonito, simples e emocionante.



Mas um ato isolado de pessoas corajosas e patriotas.



Não resisto em pensar como o ato teria causado muito mais impacto se fosse uma homenagem a um líder terrorista como Carlos Marighella, que, aliás, tem até biografia sendo vendida nas melhores livrarias. Ou então em memória do assassino covarde que trucidou o jovem tenente Mendes, o desertor Lamarca, ajudado por seus capangas.



Aí, com toda a certeza do mundo, lá estariam os indignos que ocupam posições de mando neste triste país de tolos, iludidos e covardes que é o Brasil de hoje, onde todos aguardam com um sorriso masoquista de satisfação o desastre que se aproxima, como verdadeiros abobalhados que não entendem o que se passa.



Para aquelas poucas dezenas de pessoas que marcaram presença no 1º batalhão Tobias de Aguiar (foram distribuídos mais de mil convites para a solenidade, segundo o oficial responsável, o que demonstra uma indiferença que revela o estado de indigência mental em que nos encontramos neste país), não restou dúvidas de que um herói estava sendo homenageado. Não um herói fabricado pela mídia dominada por pilantras, que publica montanhas de livros mentirosos sobre pseudo-heróis como Lamarca, Guevara, Marighella, meros traidores, criminosos a serviço de países totalitários, mas sim um herói de fato, um filho exemplar, homem dedicado e que não deixou seus camaradas para trás num momento terrível.



Mas, afinal, o que são valores como coragem, lealdade, senso de dever e patriotismo numa época em que repugnantes mentirosos, nacionais ou "importados", como os Michel Moore da vida, são apresentados como "formadores de opinião"?"





Obs.: Parabéns, Zamboni, pelo brilhante artigo, que eu gostaria de assinar embaixo. Mais do que sempre, "LEMBRAR É PRECISO" (F.M.)





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