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Poesias-->Jagunçaiada -- 20/09/2001 - 11:50 (Anderson Borba Ciola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um homem mal

que sofre do fígado.

Louvando o caos,

abrindo asas de ícaro

sempre para um lodaçal

ou para piscina de um rico.





Mascando chiclete sem açúcar,

maltratando o pulmão...

Provinciano mascate, com saudade do mar.

Turista deslumbrado no próprio alçapão,

fotografando o Pão de Açúcar,

cantando o samba Conceição!



É esse jagunço doentio!

que entre nicotina e literatura,

compõe um Brasil de feitio.

Raquítico, mas com gramatura.

Sempre, sempre por um fio!

Como se fosse o mal e a cura...



De tantos males, o anti-herói é pouco:

Só mais um anticristo incapaz de uma vilania.

Como se do pau que nasceu torto,

um pé da nação pau-brasil brotaria.



E nesse mundo véio sem porteira,

Ele chuta a porta e sacode o pé na soleira!

Seja como apache de faroeste americano,

ou como galã de faroeste italiano!



Mameluco trangênico sacudindo a foligem.

Em meio a sacolas plásticas de supermercado,

ele marcha bronzeado pela densa mata virgem

e como que cantando um fado

sente na megalópole uma vertigem,

e volta feliz para o serrado...



Enfim...

É ele o quê mesmo?

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