Hoje, como freqüentemente nestes últimos dias, minha mente novamente se encheu de imagens nas quais sacia meu desejo por você. Forte desejo, que nasceu nem sei como ou precisamente quando, mas que foi tomando corpo pouco a pouco, crescendo quase que irracionalmente dentro de mim.
Muitas coisas agora despertam-me esse desejo: Sua lembrança, sua voz, aparência, inteligência, suas palavras, seus gestos, seu olhar... Não sei o que disso tudo mais me atrai e fascina, mas isso também não importante, tendo agora relevância apenas o fato do que sinto, desse desejo que me queima cada vez que sinto seu corpo próximo ao meu, sua respiração, seu calor(!)...
Desejo de tocar meus lábios nos seus num prolongado beijo cada vez que os miro, de sentir seu toque, o calor de seu corpo junto do meu, aquecendo-nos mutuamente nestes dias frios... Todos esses parem-me muitas vezes, desejos difíceis e improváveis de serem um dia realizados, entretanto, não posso impedir-me de sonhar e de... desejar, e imaginar ter um dia concretizado o desejo abstrato.
Por hora contento-me em olhá-lo, em desfrutar do pouco tempo que tenho de sua companhia, em escutá-lo, em viver em minha mente as fantasias que crio.
O que pretendo? Não posso agora precisar, a não ser o fato de pretender ter, nem que por um único dia, saciado o meu desejo de tê-lo, esquecendo do mundo que nos cerca, de todos os empecilhos, de todo o resto, tornando esse resto de tudo insiguinificante, ao menos nesse único instante. Aproveitando, simplesmente o momento, eternizando-o, ao menos na lebrança.
Entretanto, o receio e o temor me impedem de investir no intuito de ver realizado tais desejos. Receio por não ter transparentes a mim quais são os seus reais desejos, temor de perder a uma amizade que tanto me é valiosa, e até mesmo de sua presença, que por si só, já tanto me é prazerosa.
Assim, por enquanto, contento-me com o pouco que tenho de você, em mirar seu sorriso, hipnotizar-me com o encanto de seu olhar, e em simplesmente... desejá-lo.
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