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cronicas-->O PRESBíTERO E O MARATOMISTA -- 12/10/2009 - 19:06 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PRESBíTERO E O MARATOMISTA
para NED CAVALCANTI

As primeiras luzes da manhã assomam lentamente. Um pavão sobre o muro alto da chácara, pousa impávido, elegante. Um homem a passos largos começa seu périplo, em busca de mais alguns anos de vida. Uma estrada deserta contempla seu rápido caminhar sobre o frio e desigual paralelepípedo. O caminheiro avista habitualmente os mesmos personagens do viver comum, se encaminhando para o trabalho de diversos ramos. Em breve avistará um companheiro de caminhada, o presbítero, insigne representante da igreja ortodoxa. Se conhecem já faz tantos anos, que os cabelos embranquecidos se dão conta disso. O presbítero, engenheiro civil da resistência, quase sempre vem com a mulher e um casal amigo num passo lento e ritmado a devorar as horas matinais. Quando se cruzam, cumprimentam-se todos e o caminhante solitário trajando o mesmo uniforme, estampa no peito o número 42, do percurso regular da maratona. Por isso e por mais alguma razão desconhecida, o homem de camiseta azul e calção preto, suscita no presbítero a alcunha de maratomista, por supor que a leitura anterior do filósofo Tomás de Aquino, pudesse sugerir um neologismo desse porte. O tal maratomista, certa vez, ao ouvir o termo, contestou o presbítero, declarando que preferia Aristóteles. A manhã é testemunha desse rápido e curioso diálogo, que ultrapassa o umbral das intenções dessas pessoas, que despertam tão cedo, criando uma nova filosofia de vida: que uma caminhada matinal espantará seus males físico-mentais e aperfeiçoará suas idiossincrasias. O sol como de hábito impõe seu luzeiro, de tantos bilhões de anos, atingindo um percurso quàntico de oito minutos apenas. Os atletas contumazes da madrugada, cumprem mais uma vez sua missão, telos interior e reflexivo de que a vida será tanto mais feliz, quanto melhor for a convivência, a solidariedade a justificar por si mesmas, uma existência que avança pelos dias, sem ter que despertar toda manhã.
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WALTER DA SILVA
Camaragibe, 07 de outubro de 2009

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