Por mais que se enfatize a necessidade de criação de uma consciência comum relativamente a diretrizes, doutrina, objetivos e programas de governo e administração no grupo dos que, submetidos a treinamento nas instituições a que pertencem ou não, venham a compor a reserva de valores humanos recrutáveis para a direção e assessoramento superiores, com o que não será difícil conseguir-se a supressão, a curto prazo, do amadorismo e da improvisação nesse campo, parece estar ainda bem distante o propósito do governo, com vista a um tratamento mais aprofundado acerca de tão importante empreendimento.
Interessante, a propósito, notar que a política de qualificação dos recursos humanos como meio de motivar o funcionário, integrá-lo ao processo, melhorar seus níveis de eficiência, mantê-lo a serviço da Administração Pública e, através de seu desempenho, alcançar os objetivos nacionais de desenvolvimento e integração social, não remanescem dúvidas de que ela evoluirá em bases científicas, no campo da pesquisa ampliada, mas somente com o ingresso do órgão central do sistema de pessoal civil, seja na esfera federal, estadual ou municipal, no campo da pesquisa, a fim de que possa desincumbir-se cabalmente de sua importante missão, após identificar a necessidade de montagem de mecanismo capaz de investigar e propor fórmulas alternativas, com o escopo essencial de resolver as múltiplas questões enfrentadas pelos escalões superioresdaadministração civil.
Por tuodo o que foi exposto, seria de bom alvitre que a política de pessoal se revestisse de caráter eminentemente técnico-científico, no sentido de que se tornasse a tônica dos responsáveis pela condução dos negócios públicos que, na verdade, precisam contribuir para que o titular da função pública se conscientize de sua dignificação e valorização, através da sua atuação concreta e empenhada - sistema circulatório da ação governamental -, ensejo em que o cargo público assuma existência real e atinja a sua finalidade de dar versão plena aos respectivos programas, pois só assim será possível fazer-se justiça a tais instituições, por não se descurarem de seus misteres.
Para isso, essas entidades, obviamente, necessitam do controle e do estímulo da imprensa, cujas providências sensibilizam o público e o predispõe a formar um conceito lisonjeiro da Administração e do próprio Governo.
Confiante na boa acolhida ao presente escrito, valho-me da oportunidade a fim de antecipar agradecimentos a V. Sa., apresentando-lhe, ao mesmo tempo, protestos de consideração e apreço.
Atenciosamente
Godofredo de Castro Maia, Advogado e Administrador |
