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Erotico-->A CHUVA -- 01/08/2008 - 15:59 (Pedro Gomes da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CHUVA
Pedro Gomes da Silva



O tempo escureceu rápido. Ao que tudo indicava ia cair um temporal. Gabriel estava em pleno descampado e andou o mais rápido que pode para se proteger da chuva que se aproximava. Quando os primeiros pingos d’água começaram a cair ele correu para não se molhar. Quando chegou ao abrigo de passageiros de ônibus mais próximo, já estava quase molhado, porque, apesar do espaço que percorreu com chuva ter sido pequeno, molhou-se porque a chuva era torrencial. Ao se proteger da chuva, ficou ao lado de uma outra pessoa que já estava ali. Era uma senhora, de aproximadamente vinte e cinco anos, que estava com muito medo por estar sozinha. Quando ela viu aquele homem ao seu lado falou:
- Graças a Deus que apareceu alguém, que chegou alguém, porque eu não suportava mais ficar aqui sozinha.
Naquele momento ocorreu um relâmpago forte e em seguida um trovão estrondoso, como se tivesse caído um raio nas proximidades. A mulher saltou sobre o homem, que a protegeu em seus braços. Antes que a mulher percebesse o que tinha feito, o local foi clareado por outro relâmpago, seguido da rajada do trovão estridente que cobriu o barulho do vento forte, que estava quase arrancando as poucas árvores ali de perto.
Gabriel sentiu o contato aconchegante do corpo da mulher e percebeu logo que ela estava sem proteção sobressalente para os seios. Aquilo foi o estímulo para despertar os sentimentos de macho, ele começou a consolá-la com mais carinho, logo a sua pistola estava arma, pronta para lançar bala.
Apesar da chuva torrencial, do vento forte, que fez com que eles ficassem atrás da parede para evitar que se molhassem e dos trovões estridentes, que antes do som de um silenciar, iniciava-se outro, Gabriel já estava para não suportar aquele contato forçado. Então olhou para a mulher colada ao seu corpo e viu que era bonita, e pensou: ‘Já que foi ela que me agarrou. Por que não seguir em frente?’ A partir daquele momento ele começou a acariciá-la com outra intenção, além da de protegê-la. Quando ela percebeu o que estava acontecendo, afastou um pouco o seu corpo do corpo do homem e falou:
- Me desculpe meu senhor. Eu só fiz isto porque perco o controle quando estou diante de uma tempestade como...
A mulher ainda estava falando, quando ocorreu outro relâmpago e trovão, aquele mais perto e, portanto mais forte e estridente. A impressão é que a terra tremeu. Ela voltou a se atracar com o homem e sentiu algo abaixo da cintura dele, então logo se afastou e novamente pediu desculpas:
- Mais uma vez peço desculpas pelo meu comportamento.
Com uma das mãos sobre o ombro da mulher Gabriel falou:
- Com uma tempestade como essa qualquer pessoa tem medo. Saiba que a senhora é muito bonita, mesmo com medo como está. É muito atraente. Eu tomo a ousadia de dizer que é irresistível. Qual é o seu nome?
- Lilia.
Ele olhou nos olhos da companheira de abrigo e falou:
- Nome tão bonito, quanto a dona do nome. O meu é Gabriel.
- Gabriel dos Anjos.
- Somente Gabriel. Eu não tenho nada de Anjo. Tanto não tenho que você não seria capaz de imaginar o que estou pensando.
- Sou sim, porque senti. Só que eu não posso, porque sou casada.
Nova descarga elétrica, novo trovão e novo abraço. Gabriel beijou-a na testa e disse:
- Isto não é problema. Eu também sou casado.
- Eu nunca fui infiel ao meu marido.
- É muito melhor ser fiel a você mesma, aos seus desejos, do que ao seu marido.
A chuva continuava torrencial, apenas o vento diminuíra, porém os trovões continuavam assustadores. Naquele momento houve um novo abraço, só que aquele não era um pedido de socorro, era uma abraço de desejo, de amor, de apelo carnal, principalmente depois que Lilia percebeu que o homem estava falando sério, porque ao unir o seu corpo ao dele, naquele abraço podia sentir perfeitamente o volume na sua roupa. Lilia olhou para os lados, não havia mais ninguém ali perto. Era só eles dois e a chuva protegendo. Diante daquele fato, ela esqueceu que era casada, esqueceu que estava em via pública e ali mesmo, em pé, encostada na parede do abrigo de passageiros e protegida pela chuva ela transou com o homem que acabara de encontrar. Até parecia loucura, porque nunca imaginara que um dia iria fazer aquilo, daquela maneira, sem nenhum preparo anterior, sem nenhuma proteção contra nada.
Quando Lilia tomou o ônibus, ainda estava chovendo. Ela entrou no ônibus ainda sentindo a sensação das mãos do homem percorrendo o seu corpo. Era como se elas ainda estivessem apoiadas sobre os seus peitos. Ao sentir aquilo ela falou para si mesma: ‘Isto não pode estar acontecendo comigo. Isto não pode ser verdadeiro. Como é que eu fui fazer uma coisa dessas com um estranho? Ainda bem que foi bom demais. Será que eu transei foi com o anjo Gabriel para ser convencida tão facilmente? Nunca mais vou essa chuva, porque foi o que aconteceu não permite esquecer.’
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