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Cronicas-->Coisas que eu não entendo -- 07/12/2009 - 16:44 (Jefferson Cassiano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Coisa 1) A rua é um espaço público, o que significa que ela é, ao mesmo tempo, de todos e de ninguém. É de todos quando prevalece o interesse coletivo. É de ninguém quando o que está em questão é o desejo do indivíduo. Você pode andar por uma rua livremente. É o direito de ir e de vir que assiste a qualquer ser humano não condenado pela justiça à reclusão, um direito coletivo. Se você quiser, no entanto, construir uma guarita no meio da rua, não poderá fazê-lo. O desejo de ter de poucos não dá posse sobre um bem público. Então, há uma coisa que eu não entendo: se a rua é de todos, que direito legítimo tem um guardador de carros de quase me assaltar para tomar conta do meu carro que está parado numa rua da cidade? Ele, por acaso, comprou o quarteirão e, por ser dono dele, pode cobrar aluguel? Não sou advogado, delegado, promotor, juiz ou delegado, mas entendo a profissão de guardador de carros como um crime. Um crime que toda autoridade sabe que acontece, onde acontece, quando acontece e não toma providências. Tem flanelinha - que nem flanela usa mais - cobrando R$ 15,00 antecipados para "olhar aí, patrão!" um carro em noites de sábado! Polícia!
Coisa 2) Em diversas repartições públicas, há um cartazinho afixado em lugar bem visível. Trata-se do artigo de uma Lei que diz ser crime ofender ou destratar um funcionário público, sob pena de prisão. Esse recado está no CIRETRAN, em escolas, em secretarias, em postos de saúde. Com o aviso, o contribuinte deve se sentir intimidado na hora de reclamar sobre o atendimento de trincheira dado pela maioria dos servidores. Ninguém quer ser preso, afinal. Há, no entanto, uma coisa que eu não entendo: quando o funcionário público ofende o cidadão que tenta receber atendimento médico, renovar a carteira, tirar um documento, isso não é crime? Se for, e é, cadê o cartaz com a lei que deve servir de alerta aos grosseirões que estão do lado de lá do balcão?
Coisa 3) Ainda sobre cartazes infelizes, peço que você deixe a fila da repartição e vá para um rodízio de qualquer comida. Pizza, churrasco, sanduíche, comida japonesa. Há muitas opções e vou dar uma dica para saber se o rodízio é bom ou não. Antes de se sentar numa mesa, verifique se há nas paredes um papel mal impresso com a frase "se houver desperdício, cobraremos multa". Caspite! Não entendo essa coisa! O que significa esse cartaz? Que eu sou um folgado porcalhão que vai colocar no prato tudo que aparecer pela frente, comer só um pedacinho e, de birra, deixar tudo no prato? Se for essa a ideia, não como em restaurante que me julga sem me conhecer. Talvez não seja isso. Talvez a mensagem seja: "Olha, nossa comida é muito ruim. Nós sabemos que você não vai gostar, mas cobramos multa para obrigá-lo a comer mesmo assim". Se for isso, não como em restaurante que não aposta na comida que serve.
Coisa 4) Há revistas que mais parecem álbuns de aniversário, casamento, formatura. São tantas fotos que qualquer analfabeto funcional consegue "ler" 90% das páginas. Nessas "matérias", quase todas muito bem pagas, é possível conhecer a versão atual das patricinhas. E aí está mais uma coisa que eu não entendo: por que as jovens gajas endinheiradas acham legal cortar o cabelo do mesmo jeito que a coleguinha, usar a mesma tintura da coleguinha, a mesma maquiagem da coleguinha, a mesma modinha da coleguinha e, às vezes, o mesmo namorado da coleguinha? Outro dia achei que o diagramador tinha errado e repetido a mesma foto vinte vezes. Até as morenas conseguem ficar iguais às loiras. Deve haver um limite para o conceito de moda. Aliás, quem foi que disse que moda precisa ser padronização? Não sei como elas mesmas não se confundem e começam a achar que não são elas, são outras. A clonagem não se restringe ao visual. Quando abrem a boca... hum! Fica mesmo difícil de entender.

*Publicitário e professor de língua portuguesa. Entendeu?
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