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Infanto_Juvenil-->O amor -- 21/08/2006 - 09:10 (Marcelo Simoes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um homem simples, solitário, vivia em uma pequena, mas bela casinha em cidadezinha bem distante.

Trabalhava com a terra, cuidava de suas ovelhinhas e bezerros, um pequeno bosque de frutas,uma gostosa horta e semeava com especial atenção o seu lindo jardim de muitas espécies de flores e todos os dias ele agradecia á Deus pela beleza e a doçura que tudo isso transmitia ao seu coração.

Ele vivia na esperança de um dia se casar com uma mulher linda, como as rosas que desabrochavam na primavera, desejoso de compartilhar o encanto de sua vida, de dividir o seu coração.

Um certo dia porém, ao voltar de seus afazeres na cidade que fazia com determinada frequência, observou em uma das casas que ficavam á beira da estrada, uma linda mulher.

Ela estava sentada no batente da porta e junto a ela, haviam muitas crianças e segundo pode constatar ela lhes contava estórias, ao qual todas prestavam bastante atenção.

A voz que emanava daquela mulher era tão pura que ele sentia que seus ouvidos eram como plumas ao vento, resolveu parar, com a desculpa que houvesse algum problema em sua charrete. Ouvia todos os detalhes da estória, seus olhos tentavam fitar a mulher para apreciar a dona daquela linda voz.

Com o passar do tempo, era comum que no retorno da cidade, houvesse sempre a mesma pausa para ouvias as estórias. Até que um dia, a mulher o chamou-o e convidou-o a sentar-se junto ás crianças para ouvir suas estórias.

A partir daquele dia, seu coração fica saltitante próximo ao horário, onde ouviria as estórias que tanto gostava, mas que principalmente veria o anjo de seus sonhos.

De certo foi que casaram-se, agora ela continuava a contar suas estórias ás crianças da redondeza , da porta de sua nova casa.

Para executar seus afazeres diários, o homem cruzava a frente da casa e se admirava ao ver a cena de sua querida mulher com as crianças, sorria com uma profunda felicidade de se sentir tão recompensado por se casar com aquela mulher e ser tão feliz.

Todos os dias, a mulher o esperava em casa preparando a comida, ele se sentava a mesa e pedia-lhe que contasse estórias, pois aquilo alimentava sua alma, dava lhe forças internas que o preparava para os afezeres do dia seguinte.

E assim era a vida do casal, alimentada pela terra através dos frutos, verduras e legumes plantadas e cuidadas por ele e as belas estórias que saiam da boca da singela mulher.

Um certo dia, o homem acordou bem cedinho como era de costume e deixou sua mulher dormindo tranquilamente sobre a cam, Dirigiu-se ao jardim, colheu um punhado de belas flores, arrumou-as num belo arranjo e as colocou em um lindo vaso.

Deixou o vasinho sobre a mesa da cozinha para que a mulher ao despertar o pudesse vê-lo e sentir seu aroma, e partiu para mais um dia de trabalho.

Ao despertar, chegando a cozinha a mulher, não conseguia se conter tamanha ternura e beleza que emanava do pequeno vaso de flores, inalou o perfume que delas exalam, pegou-o com muito carinho e o põs no parapeito da janela escancarada, que era iluminada pelos raios do sol numa linda manhã de verão.

Ao retornar no final do entardecer, o homem encontrou a mulher muito feliz, com feição angelical e como era de costume ela esperou que ele sentasse a mesa e contou-lhe a seguinte estória:

“Numa noite de um dia que ninguém pode imaginar quando, o amor cheio de alegria no coração, estava no céu, entoando suaves cantigas, e se pôs a desenhar com a ponta de seus dedinhos como se fossem lápis, pequenas e belas estrelas, conforme as desenhava iluminavam cada vez mais o céu, que em um piscar de olhos gerou um resplendor de luz que respirava num vai-e-vem luminoso que ressoava ao som da melodia de suas canções.

Olhou para as estrelinhas e bem no meio, uniu as mãozinhas uma na outra em forma arredondada, e elas começaram a formar um círculo redondo luminoso que se unia cada vez mais, criando um brilho tão forte, mais tão forte, até que de tão forte fez-se o dia, e o amor o chamou de Sol. E junto com ele, o amor começou a se espalhar. E os dois já não se separavam. E agora tudo era tão brilhante.

Certa vez, a alegria emanada do coração do amor, percorreu o céu inteiro e inclusive ao seu grande amigo Sol , que este por sua vez lançou um enorme raio colorido que se espalhou por todos os cantos, dava para se ver nascerem pequenos sóis por todos os lados, o amor feliz vendo isto, exclamou : A partir de hoje iremos viajar por entre estes sóis, será uma grande aventura. Põe-se a pegar sua malinha e partiu.

Quando chegou a um destes sóizinhos, pela simples presença sua, sopraram ventos que logo começaram a bailar na luz, eles rodopiavam, embalavam, pulavam, sorriam em passos mágicos, marcados por um ritmo alegre e contagiante, que criava pequenas bolhinhas como se fosse de sabão, de tão leves subiam flutuando pelo ar e estouravam se tornavam uma pequena poeira que desciam e respousavam. Ao final do balé , eram tantas as bolhinhas que o solzinho ficou coberto com um manto de areia.

O amor segurava-o em suas mãos e elas escorregavam entre seus dedos , fazendo surgirem nuvenzinhas que subiam e se misturavam na luz, as formas eram quadradas e redondas e de várias cores , das de cores azuis e verdes caíam gotinhas bem pequininhas e ao tocarem o manto de areia o umedeciam, e de tanto cairem formou-se água, formando pequenos lagos, depois rios e ao final mares. A paisagem era de imensa paz e beleza, a mistura do manto de areia com a água cristalina encantou á todos que decidiram descansar ao final deste espetáculo.

Ao raiar do dia o Sol já estava a iluminar o pequeno solzinho, ao despertar o amor se encontrando dentro daquela paisagem linda, contemplou-a com grande vontade em seu coração, Chamou o Sol , pegou uma gota de água e um grão de areia do manto, juntou-os entre as mãos, sofejou palavras mágicas e as colocou sobre o manto de terra, bem próximo a um lago, aparecendo assim uma linda semente, a pequena semente ao estar no manto disse :

Querida Água, de ti recebo a fertilidade que me fará surgir.
Querida Terra, de ti recebo o alimento que irá me nutrir
Querido Sol, de ti recebo a vida que irá em mim se multiplicar.
Amigos, com amor e luz, entregarei-me a terra em minhas folhas e seiva, ao céu meus frutos e flores e ao vento purificarei.

Com o passar do tempo, a pequena semente foi crescendo,crescendo,crescendo até se tornar uma linda e grande árvore, dava seus frutos e flores de presente ao céus, soltava folhinas ao vento que as levava distante, germinavam novas sementinhas acolhidas pela água e tudo se transformava na paisagem, o verde era vivo e intenso próximo aos lagos e rios harmonizado ao manto de terra.

E nas manhãs quando o amor despertava, haviam lindas florzinhas de diversas cores que se abriam e sorriam, ele corria por entre os campos, deslizando entre os girassóis e lírios, a pequena roseira se enchia de cores quando ele passava, tudo era tão bonito e o amor brincava com elas.

E na harmonia desta paisagem tendo o amor presente no sol , na terra , no ar , na luz e na água, em um lindo dia de primavera, brotou a vida que se multiplicou em diversas formas que se entrelaçaram naquele pequenino solzinho. Os animais estavam aos pares sempre um macho e uma fêmea, era possível vê-los nos rios, na terra, nas florestas e no ar, cuidando de seus filhotinhos e tudo era absolutamente harmonioso na convivência entre todos e tudo. Se podia ao longe ouvir o soar das ondas do oceano, o balançar das folhas das árvores, o zunir do vento , o cavalgar dos animais, o canto dos insetos, o balé dos lindos campos de flores, o voô livre dos passaros e o amor não cabia mais em si.

Certo dia, o amor olhou ao redor e voou até os ceús para contemplar o pequeno solzinho que estava sendo sua morada, lá de cima tudo era tão lindo, o amor sublimou o pequeno solzinho e novamente a alegria emanada de seu coração, percorreu o céu inteiro e até o seu grande amigo Sol , que este por sua vez lançou um enorme raio colorido em direção ao pequeno solzinho e os dois de mãos dadas esculpiram da terra a si mesmos e se fez o homem e a mulher envoltos de luz e de graça com os olhos resplandecentes de amor.

Lá de cima o Amor, sente a alegria do pequeno solzinho despertar nas flores, no molhar dos campos, no aquecer do sol, na pureza da criança, no coração da gente e sorri a cada vez que o convidamos a fazer parte de nossas vidas.

As florzinhas do vaso na janela que me deste, estão neste momento vivas de amor , estão cumprindo o destino dado pela primeira pequena sementinha. Disseram-me que o amor está presente nesta casa, cheia de afeto, carinho e união e que não devemos nunca esquecer de viver este amor e que ele jamais nos abandonará, só irá crescer e florescer em mim e em ti. E juntos imersos de amor em seus corações, viveram felizes para sempre.
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