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Contos-->Origem -- 06/08/2001 - 01:02 (Johil Cruz Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acordei. Procuro por meu irmão, onde está? Vou para o trabalho, tenho de cultivar para a oferta e concluo, por sua falta, que meu irmão caçula já deve estar no trabalho. Vou para plantação, irei ofertar os produtos que são frutos da terra. Meu pai vai adorar...
Como pensei meu irmão já estava pastorando, meu pai de longe o olhava e sorria, cheguei e já comecei o cultivo quero impressioná-lo. Não é possível que ele não goste, vou colher somente os melhores produtos.
É chegado o dia da oblação e lá está ele... Meu pai, esperando. Oferto-lhe todos os produtos que a terra dá, enquanto que meu irmãozinho oferta-lhe as primícias de seu rebanho e as gorduras do mesmo. Meu pai ficou muito contente com meu irmão, mas... Comigo..., Comigo não. Eu não entendo... Por que não? Eu trabalhei tanto, fiz tudo com o maior gosto e agrado enquanto que meu irmão apenas olhava aquelas ovelhas idiotas. Meu pai pergunta-me com bondade na voz: “Por que estás irritado, e por que o teu semblante está abatido? Se tivesses boas disposições não levantarias a cabeça? Se não as tens o pecado está a sua espreita e é atraído sobre ti, mas tu deves dominá-lo”.
Sei disso agora, mas na hora não escutei nada, com o fogo da ira correndo em minhas veias só pude dizer uma coisa ao meu irmão: Vamos para fora!
Quando encontrávamos nos campos, investi contra ele e o matei. Meu pai me chamou e perguntou por meu irmão. Respondi que não era seu guarda. Mas então ele me respondeu que o sangue do meu irmão clamava do solo até ele, e que maldito fosse eu por tê-lo matado, que a partir daquela data da terra nada mais teria não importando quanto mais eu lavrasse e que andaria errante e fugitivo vagando sobre a terra, e como castigo para aprender com a morte, dela viveria e deveria me alimentar do sangue de pessoas e não mais ver a luz do Sol, e para que ninguém me matasse fez um sinal sobre mim: quem me matar sofrerá sete vezes a vingança.
Saí, fui para o oriente, região de Nod, encontrei esposa, construí cidades, formei prole, toda ela com a mesma maldição abatida sobre sua cabeça.
Mas isso foi há muito tempo, nenhum que pisa hoje na crosta terrestre estava vivo para contemplar tal destino trágico, eu nem me lembro agora por que raio me fez voltar a esse passado e te contar essa história.
E agora o que eu faço? Eu apenas espreito as ruas no meio das noites procurando alimento, e a cada nova vítima me arrependendo eternamente de ter matado meu irmão Abel.
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