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Cronicas-->Texto para Maria -- 05/03/2010 - 11:05 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Resolvi fazer um texto para Maria. Principalmente porque seu nome não é Maria. Então te peço leitor: sorria.
Resolvi falar de Maria por que talvez neste momento, de criação do texto, eu ame Maria. Neste momento.
Num outro passar de tempo pode ser que eu cansado de amar sem ser correspondido troque Maria por outra Maria. Então te peço leitor: sorria.
Sorria num acento circunflexo perdido numa palavra não, antagónica de meu desejo semiótico não correspondido que em vão busquei.
Busquei também na semiologia o nome de Maria. Então sorria. Maria rima com sorria. Ah, rima um pouco. Um pouco semiótico delírio existencial.
Maria lê sentada na areia, sentada na cadeira pequena e mal colocada que puseram para ver as letras e palavras de Walter Benjamin. É Maria.
Então vê meu amigo esta paródia. Sorria. Sorria por que mostrei Horkheimer para Maria. E Maria leu Marcuse. Rê, rê, sorria.
Na confusão de umas letras que achei numa revista estrangeira encontrei novamente Maria. Com outro nome evidente. Sorria meu amigo.
Maria quase não sorri, mas ri. Ri quando percebe que olho para ela e escapa entre meus olhos para um lugar qualquer. Por que sou inconveniente ela te pede: sorria.
Enquanto ela te pede e para ti sorri passo os olhos pelas estrelas e vejo. Existe uma estrela especial para Maria. Há outras três Marias. Um delas é de Eloá. Foi Eloá quem disse. Eu não. Só tenho estrela para Maria.
No firmamento corrente azul metafórico e metafísico politeísta e polimorfo vejo Maria. Maria de todas as formas, dançando com seus olhos vivos, com seus cabelos longos, cabelos de Maria. Então sorria.
Maria talvez tenha tido outros nomes, mas eu cismei há cerca de um ano que tinha encontrado Maria, tão parecida com a Lílian, paixão não revelada da mocidade.
Mas empaquei em Maria. Por causa de Maria recusei continuar um relacionamento com uma verdadeira Maria. A Maria que me viu por estes dias e que me fez lembrar de coisas alegres. Uma Maria meio doida, porém com nome de Maria.
Mas eu quero continuar falando da outra Maria, verde, esguia, sempre correndo pela vida para não ser a minha Maria. Então sorria.
Levanto cedo e penso que poderia ser menos besta e dizer algo assim: gosto de ti Maria, por favor, me olhe e sorria.
Não passo do pensamento. Um número de telefone anotado na agenda tem o nome dela por extenso. Um nome que ocupa minha mente. Maria.
Não, não é Maria. É a Maria espectral, que ilude minha mente com a força de Lilith, como uma espécie de djin, uma esperança de Maria.
Maria tem pulseira, não usa maquiagem, talvez por isso goste de Maria. Maria simplesmente, um pouco infantil de vez em quando, um pouco qualquer coisa distante, distante de mim, porém Maria.
Se a lua me espreita à noite, num momento de solidariedade falo pra ela: encontra Maria. A lua espreita e não fala, mas conhece Maria.
Se o sol aparece no horizonte, na última hora da noite, sabe quem ele vê? Maria. O sol todos os dias encontra Maria. Despede-se dela e inaugura o dia. Talvez afagando Maria. Ciúmes. Do sol e de Maria.
Não consigo ultrapassar o limite de minha agonia. Por Maria. A agenda telefónica sugere: ligue para Maria.
O automóvel convida: passa na casa de Maria. E só consigo lembrar que Maria não manifestou vontade de ser Maria. Maria. Então leitor sorria.
Sorria por Maria. Sorria pelo sol. Sorria pela vida. Sorria pela harmonia. Sorria por Frankfurt. Sorria pela alegria. Sorria por que eu gosto de Maria
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