Dados fornecidos pela Delegacia da Mulher em Pernambuco, mostra um considerável número de casos, sobre a violência contra a mulher, num total de 5.428 queixas de janeiro a março deste ano, que vão desde estupro até a lesão corporal, tudo isso, fruto da violência doméstica, praticada pelos companheiros das vítimas, que normalmente são apenas donas de casa ou na sua grande maioria desempregadas. Nas comunidades mais carentes o quadro não é muito diferente.
Um estudo feito pelo SOS MULHER CIDADÃ com 30 (trinta) mulheres da Favela Dancin Days, no Bairro do Ipsep, tenta demonstrar um quadro semelhante,sob a ótica masculina. Para tentar compreendermos como o homem encara o fator desemprego no seu cotidiano. verificamos como resultado da pesquisa que cerca de 39,99% dos homens desempregados praticam violência contra a mulher, desencadeando uma série de outros fatores, como por exemplo, o alcoolismo com 33,33%, o fumo com 23,33%, a desestruturação familiar23,33%, a mudança de comportamento dos homens, tornando-os mais violentos com 17,33% e o uso de drogas com 3,33%.
Esses casos normalmente viram caso de polícia, que nada tem haver com o problema, e que, por outro lado, não está preparada para lidar com essa questão, mas que serve como terminal das omissões, para uma maior geração de políticas públicas, além do fato de ainda haver um forte autoritarismo incrustrado no sistema de justiça enfatizando ainda mais a discriminação contra a mulher nas instituições.
SOS MULHER CIDADÃ E ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA FAVELA DO DANCIN DAYS. |
