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Erotico-->POETA ERRANTE [Pra lá de "caliente"] -- 27/03/2002 - 19:30 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
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És tão carente
quanto a querência,
mesmo no poetar provocando dormência.
Poetisa tarada no pensar poético,
desfolhas o lúdico
sem falsos pudores.
Senhora da razão que viaja na emoção
tuas libidinosas rimas de amor
iniciam ou incitam calores minissicais
como a melodia mais surda
à procura de harmonização
na madrugada fria.
Sou, mesmo errante, tua mais deliciosa companhia...
Vadia felina na minha voraz teia
o que me suga e prende
desejo caliente
teu fogo de redenção
me faz esquivar macho e erupção
lavas frescas do prazer
contorcendo pelo espaço
no vácuo
perdido num buraco negro qualquer
desejo-te mulher.
Deixa meus pêlos e ouve meu apelo
minha momentânea impotência
faz parte do errante ser Poeta
que tudo aceita
papel branco e vermelho.
Deverás que já tiveste em meus braços,
jamais poderia negar, exceto em juízo.
Rendi-te homenagens no altar,
enquanto cavalgavas nua
numa praia de emoções esquecidas.
E, ainda que tarde,
recitar-te-ia versos em teclas átonas
e em tônicos sons mudos
do gemer prazer...
Então, que venhas sempre úmida
com olhos de donzela
suando louca carente gazela
que parte dessa ternura
ainda que obscura
no fluir da imaginação alheia
é tua a armada teia
que arranha em ósculo doce presa
no doce sabor da contemplação
na escanção "in verso" o teu avesso.
Emenda meus versos e minha doentia mente
satisfaça minha vontade
em tríplice sonho
dei-me nada a não ser teu colo
e Venha.
Venha, me ame e me mate
viuva negra ou rainha-abelha
foges e esconda-te
deixe a página aberta
e em tuas bordas
somente os vestígios
de crime premeditado
e consumado
Vênus testemunha.
Sim quero mais amar
Adoro o fetiche do proibido
eliminada a fera tem mais sete vidas
e amanhã cega a emoção:
transa e tesão.
Pablo nyk©ahT
Réplica poéticas aos poemas de Lílian abaixo:
*********
Poetisa Inconstante
Lílian Maial
És tão ousado,
quanto a ousadia,
poeta calado na poesia
desejando o verso
de alforria.
Escravo da palavra oculta
tuas sábias lições de amor
encerram tanto ardor
como a canção mais muda
entoada na noite escura.
Vadio cão nas minhas veias
o que me pulsa e repulsa
teu cheiro de perdição
me atrai fêmea e vulcão
em viagem nas estrelas.
Deixa meus cabelos e minha dor
que nada te ofereço
que já não tenhas.
Portanto, não me venhas
com manhas e canduras
que parte dessa loucura
é culpa tua
e dessa poesia.
Rasga meus versos e meu peito
arranca minha vontade
em carne viva
toma tudo o que tenho
e parte.
Vai, me ama e me trai
me invade e denuncia
a cama vazia
sem tuas rimas.
Não quero mais amar
Cansei do risco
eliminei do olho o cisco
e hoje enxergo a razão:
amar é só ilusão.
Lílian Maial
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