A morte veio me hoje
Aos olhos, à alma, ao fado
Seguindo a etérea aurora
Do júbilo, da mente, da vida
Ah morte, por que és sedutora?
Por que alivias minhas algias?
És nobre, a mais nobre!
De uma virtude inexorável
Cura-me de meus enfermos!
Sublico-te, sublico-te
Ah, como gostaria de ter um revólver
Sim, uma morte ríspida e rápida
Não uma lírica e poética:
Uma faca a saborear-se com meu sangue
O sangue acre e fecal
Mas, não! Não me é possível
Um covarde que se esconde
Dentre os homens vivos
Sublimes e encantadores
Um covarde cercado de deuses e anjos
(27/09/2001)
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