Quando chegamos em Lisboa o motorista do Colégio nos esperava numa Kombi estropiada, caindo de velha. Chovia a càntaros e no meio do trànsito engarrafado ele andava e parava, andava e parava... A cada vez que o homem brecava, a Kombi dava um tranco e fazia um barulhão. A colega que me acompanhava começou a ficar preocupada, achava que a perua ia quebrar. De repente, não se conteve e perguntou:
_ Esse barulhão é do breque?
O homem não respondeu.
Eu apertei a boca para não soltar uma gargalhada e como estava no banco da frente, não pude dar uma cutucada na minha amiga. Olhei para trás fazendo caretas e sinais para ela se calar. Mas ela queria saber e insistia... Perguntou novamente. O homem se fez de surdo.
Para salvar a situação, puxei um assunto qualquer, aí ele respondeu e a conversa rolou.
Mais tarde, depois que chegamos ao Colégio é que pude lhe explicar. Breque, lá em Portugal, quer dizer pum. Isso em linguagem delicada. Se preferirem...
Já imaginaram a situação do pobre homem? O barulho fortíssimo era como de uma explosão e as brecadas foram inúmeras!
Aí nós duas, chorando de rir, ficamos imaginando como seria dançado um samba de breque por lá...