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Cordel-->Cordel Lili - Zéferro -- 03/06/2002 - 11:39 (J osé Ferreira (Zéferro)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Cordel Lili - Zéferro
(Lili é Lílian Maial)

Zéferro:

Lili tu vais me fundir
Disto eu tenho certeza
E não vou querer fugir
Vai ser aquela beleza

Sei que vais me derreter
Mas tu derretes comigo
Quero logo te aquecer
Pra ver tremer teu umbigo

Tão bem feito e redondinho
Coisa linda do Zéferro
É lá que vou dar beijinho
E te levar pro inferno

E assim nesse calor
Ficamos logo esquentados
É gemer sem sentir dor
Chorar sem ser castigados

Pro Zéferro derreter
Carece ter muito fogo
Depois não queiras dizer
Maneira um pouco teu jogo

Pois eu jogo pra valer
Faço sofrer com loucura
Faço bem bom de doer
Febre que dou não tem cura

Eu quero te ver sorrindo
Quando tua hora chegar
Fazendo beicinho lindo
Pro Zéferro não parar.

Zéferro, que apriceia ser fundido por muié boa, bunita e bandida.

Lili:

É melhor que tu te aquietes
não sofrendo antecipado
não sou muito de confetes
pra pavão todo emplumado
e se esperas a tiete
vais morrer velho sentado.

A fusão que estou falando
nada tem de pitoresca
vais querer gemer cantando
ou bufar feito uma besta
pelo fogo crepitando
da paixão animalesca.

Já se mexes com o umbigo
ponto alto da diaba
tás correndo mais perigo
que o desejo nunca acaba
e ela apenas por castigo
cobre tudo com a anágua.

Pra te dar água na boca
cruza as pernas sabidinha
faz que mostra coisa pouca
molha o lábio com a lingüinha
tua brasa quase louca
de saber que é sem calcinha.

Vamos ver quem pede arrego
mais depressa na peleja
se é o cabra do aconchego
ou a peste que deseja
ele morre pelo aperto
ela mata quando beija.

Nem sei mais quem começou
brincadeira proibida
mas bem sei que terminou
a leveza dessa vida
o Zéferro se ferrou
se metendo com a bandida.

Lílian Maial


Eita mundo véio, que eu adoro uma peleja das bôa, sô!!!

Zéferro:

Como vou me aquietar
Com tamanho sofrimento
Tu num gostas de confete
Mas contigo só m’esquento
T’espero quanto preciso
Mas deitado, num me assento.

Contigo, mulher safada
Eu gemo na noite inteira
Bufo, xingo, grito, canto
Mas só música pauleira
Boto fogo pelas ventas
Vou te dar uma canseira

Vou mexer com teu biguim
Porque sei que t’incendeias
Gosto de correr perigo
Preso nas tuas cadeias
Quero ver teu rebolar
Ó rainha das sereias

Não venhas com jogo sujo
De cruzar essas perninhas
Assim tu vais esconder
Tuas coisas mais lindinhas
Tira de cima a anágua
Não sabes qu’elas são minhas?

Nunca vou pedir arrego
É mais o que eu vou pedir
Te grudo bem apertada
Tu não vais querer fugir
Quando entro em paraíso
Eu não vou querer sair

Assim tu ficas sabendo
Podes matar-me beijando
Que eu de tanta alegria
Dou berro, fico gritando:
“Deixou Zéferro a Lili
De tanto gozo chorando”

És bandida pro teu negro
O Zéferro nordestino
Que te doma, te arreia
Teu homem, velho, menino
Cabra bom, amulestado
Mas um macho muito fino

Zéferro, doidim pra morrê, me mata safada, m’estraçaia dum’a veiz !!!!!!







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