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Artigos-->Brizola, a última reserva moral... ou seria titular? -- 13/06/2003 - 20:04 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Brizola, a última reserva moral... ou seria um titular?

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



Julgando-se pelo QA ele parece Deus, mas, amigos, ele é de carne e osso e está sujeito a todas as ambigüidades do ser humano.

O Brizola tem uma respeitável trajetória política. Quando a direita mais raivosa que fazia do cárcere a capela sistina da ditadura, Brizola foi um dos marcos da resistência. A campanha da legalidade ate hoje está marcada na memória dos brasileiros, principalmente dos gaúchos sexagenários.



Li várias vezes e está sempre em pauta na tela amarelinha dessa Usina, críticas a política de alianças que o PT e Lula fizeram e estão fazendo. São críticas plausíveis e de certa forma correta. Por ser contrário na origem da coligação com o PL e como petista já escrevi sobre esse assunto em O que está havendo como PT? e outras análises do PT em Um toque de esquerda e Por um punhado de utopia .



Parece-me, entretanto, que falta um exercício dialético, uma análise abrangente do leque de contradições que envolvem essa personalidade da política brasileira. A mesma análise que fazemos de Lula e do PT, devemos fazer do Brizola e do PDT.

Claro que reconhecemos uma figura quase-lenda de Brizola. Um líder popular. O Rio Grande do Sul é o berço do trabalhismo e há uma herança que vem desde Vargas, Goulart e Pasqualini.

Agora, ao político, a nossa análise deve ser mais aprofundada. Há, nos textos do QA, quase um endeusamento da “última reserva moral”. O último dos moicanos!!!

Como se Brizola também não tivesse as suas antinomias e idiossincrasias.



Dizem que recordar é viver. Vamos relembrar três aspectos da trajetória recente do “Tio Briza”.



1. Em 1986 o PDT e Brizola fizeram uma coligação para o governo do estado do RS com o então PDS. Brizola estava de braços erguidos nos palanques com Marchezan e todos os herdeiros da ARENA. O Brizola fez uma coligação com o partido que sustentou a ditadura militar. Vejam bem, talvez Lula não esteja copiando o FHC e sim o Brizola, quando faz acertos políticos com o Sarney.



2. Em 1989, na campanha presidencial, uma das propostas de Brizola, caso eleito presidente da republica, era de cancelar a concessão da Rede Globo. Seria o seu primeiro ato de governo.

Se eleito, faria? Hoje, ainda matem essa proposta?

Ou será que, como o Lula, Brizola estaria compondo com todos os segmentos da sociedade para garantir a governabilidade e as reformas.



3. Em 1992 quando todo o Brasil estava na rua, o ex-governador do Rio, foi praticamente alçado de sua sacada para o movimento “Fora Collor”. Digamos que Brizola foi o último a aderir o impeachment.

Por que Brizola demorou a aderir o movimento? Evidentemente, enquanto governador de um estado tinha que negociar com o governo federal.

As negociações políticas entre governos estaduais e federal têm que ser feitas todas em nome da comunidade. Era isso que retardou o posicionamento de Brizola naquela oportunidade.

E isso que vem fazendo Lula quando chama todos os governadores para apoiá-lo na reforma da previdência. Germano Rigotto (PMDB) apóia e é assinante das reformas do governo Lula.



A minha intenção nesse artigo é mostrar que Brizola, como o Lula, são pessoas, líderes carismáticos e que podem no transcurso de suas vidas públicas, no ato de fazer política, optarem por caminhos que deixam a flor da pele suas contradições.

Também cabe lembrar que na eleição em que Brizola foi vice de Lula havia uma música no CD de campanha que dizia “Lula Brizola, a grande esperança dessa nação”.



Vida longa ao Lula, vida longa ao Brizola.

O Brasil precisa deles.



Athos Ronaldo Miralha da Cunha







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