Jantar Festivo
(Do livro "Crepes, Tafetás etc Gravatas)
Teresinha Oliveira
Quando for fazer um jantar festivo por este ou aquele motivo, a primeira providência a tomar é fazer uma lista de convidados bem escolhidos e que sejam compatíveis, para facilitar uma conversação sem desníveis culturais ou sociais. Não esqueça o horário, o traje e o porque da recepção. Caso não seja uma festa altamente formal, por favor não ha necessidade de convite escrito, use o telefone, bem mais prático e mais íntimo.
Também não há necessidade de chamar só advogados, ou só médicos ou participants de uma única área profissional. Mesmo porque a diversificação da palestra é o que dá o colorido à reunião. Reunião que tenha só membros de uma profissão cairia na monotonia, seriam muitos pincéis numa tela só. Reuniões de colegas de classe ficam melhor em clubes.
O sucesso da reunião depende essencialmente de que as pessoas pertença a um mesmo nível cultural, evitando que algumas delas fiquem excluídas, ou confirmando apenas com um "ram, ram" de garganta.
Na apresentação, a anfitriã tem por obrigação de apresentar seus convidados, apontando a profissão de cada um. Pode até fazer alusão a algum hobby ou esporte de um outro ali presente, o que facilitaria a sintonia entre os convivas, sendo além disto um simpático gesto de uma anfitriã de fino tato social. Quanto aos convidados, é importante que escolham os assuntos a serem abordados à mesa, momento em que não cabem relatos de desastres, carestia, doenças e outros temas cinzentos e nublados.
Em verdade, numa reunião de amigos, a anfitriã atua como uma maestrina a harmondizar melodias, esperando de cada convidado um instrumentista afinado no diapasão da finesse.
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