da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel
da Sociedade de Cultura Latina
ribeirao preto 147 anos
Nada me faz pensar tanto em minha cidade do que o dia de seu aniversário. Vejo pela imprensa envolta no seu festivo calendário de comemorações como o desejo do presente esquece os feitos do passado. Começo por me lembrar do velho jornal A LUCTA estampado em livros dos históriadores. Vejo em minhas mãos o Diário da Manhã e o jornal A Cidade do início dos anos mil e novecentos... Olho na Sociedade Legião Brasileira Civismo e Cultura o padre Euclides e sua obra hoje meio despojada pelo tempo.Relembro da velha amiga dos pobres ( hoje mais para amiga dos ricos) e A Palavra do Giminasium Otoniel Motta... Nesse próprio estadual foram fundados em 1906/07 a Sociedade de Culto a Ciência e um museu escolar...No envolvimento histórico, Monteiro Lobato em A Barca de Glayre destacava Ricardo Gonçalves e nossa cidade... Numa velha cisterna de sarilho defronte a velha escola de Belas Artes, uma homenagem ao poeta da velha chácara - o antigo Bosque que se foi -... A borracha do tempo apaga coisas importantes: o padre Euclides expulso do centro da avenida Saudade foi para a praça Santo Antonio, depois sem pedestal foi para o Asilo e colocou-se um santo no pedestal. As estatuetas da praça Camões sairam de lá e foram para o nem tanto histórico Teatro... O palacete se foi... O assassinato onomástico sumiu com o Barracão num plebiscito operário de última hora..As velhas placas de bronze somem-se no tempo... As figueiras da praça, nem tão antigas como as que existem em fazendas como Pau D!alho estão morrendo e os adornos pracistas de xaxim reproduzem-se... Ribeirão Preto , 147 anos, ainda clama por pesquisas históricas mais profundas... Ainda clama pela permanencia de antigos projetos culturais, como o Livro de Prata, os Simp[osios de Literatura, os Jogos Florais entre tantos. A historia de Ribeirão Preto não popde prender-se em circuitos domingueiros onde diversas coisas são esquecidas... Ribeirão Preto precisa ser mais plena, mais histórica e talvez modificar o seu próprio hino pelo próprio autor escluindo o excesso de provincianismo que sugere bajulação as cidades mais antigas... Nem só de versinhos pés quebrados pode viver uma metrópole e o tempo de batatinha quando nasce já se foi... Na saudade das coisas que não são conservadas e das novas que são culturadas... meu ribeirão Preto das palmeiras (republicanas) parabés pelo seu povo que construiu o seu passado e para os que contuinuam no presente...