Começou bem.
Insônia mais uma vez,
Noites mal dormidas, cara amassada,
"não dormiu bem Emília?"
O recomeço do tédio, do "ópio",
do "necessário".
O que era bom no idealizado
não passa mais de uma obrigação;
entediante, quase castrante.
Lá vem a falta de tempo prá viver,
o stress desenecessário,
porém inevitável.
Ninguém ao lado,
vocês não estarão mais lá.
Saudade já bateu.
Ano miserável será este.
Ano perdido sem vocês pra brincar,
pra correr pelos corredores,
pra rir a toa,
pra estudar na vera,
na brinca.
Será que dá pra aguentar?!
Tomar banho,
vestir farda,
sentar lá,
sem vocês,
ouvir, falar, brigar,
sem vocês,
lanchar no recreio,
sem vocês.
Saudade bateu sem querer.
Cobras criadas somos nós,
sinto falta do nosso ninho.
Vou me embebedar de palavras naquele antro desgastante.
Criaturas vazias,
e as formigas do Lucas são tão complexas.
Tenho que ir pra não me atrasar.
Voltar a realidade,
ao recomeço do tédio.
Sem vocês será difícil aguentar ...
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