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cronicas-->Descompasso -- 11/04/2001 - 02:16 (Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Descompasso
(ida)


Existem pessoas e cenas, tão comuns, que nos deixam com os nervos à flor da pele. Conseguem reunir em nós, as piores sensações. Podem nos levar a situações de risco real.
Acordei, hoje, com uma aura de leveza e alegria. A primeira coisa da qual lembrei-me, tão logo abri os olhos, foi de um amigo muito simpático e risonho, o César Miller. Ele tem esse dom: provocar a simpatia instantànea em qualquer um. Creio eu, que não haja quem não goste dele. O mesmo já não ocorre comigo. Tenho consciência plena, de que provoco reações e impressões extremas. Posso ser muito querido ou, odiado. Este último sentimento é o resultado de minha forma rude de ser, às vezes ou, por bater de frente quando necessário. Muita gente vem se enganando, através da vida, pensando que minha aparente simpatia seja sinal de condescendência.
Voltando ao risco real!
Ia eu, a caminho da cidade para pagar algumas contas. Quase todas elas, fartamente acrescidas de correções legais, acima dos índices oficiais.
Junta-se todos estes ingredientes e sai-se com disposição para dar uma cabeçada no nariz do primeiro que te pisar no pé.
Se for grande? Bem...uma joelhada no saco para reduzir a altura e, depois o cotovelo faz o resto. Claro! As mãos foram feitas para acariciar a quem se ama e para escrever. Agora, sim! Esse sou eu de novo. Aquele cara ali de cima, eu nem conheço.
Mas, de qualquer maneira entrei no ónibus, de cara amarrada. Nem agi como de costume; sendo o último a subir. Entrei, sentei-me e pronto.
Nada para ler, um saco!
Percurso curto; logo estava saltando, no meu destino.
A primeira pessoa que vejo? O César Miller. Vai logo me dizendo que falara em mim, ainda ontem. Havia lido e relido "Batucada". Comentei com ele, estas minhas conexões imediatas com as pessoas que me são caras. É uma delícia, isso!
Ali, ficou todo o possível resquício de mau humor.
Hoje foi dia! ( sem cacofonia; façam-me o favor)
Depois de alguns anos sem ver (ele está morando em Salto Grande) o ex-companheiro de trabalho e batucadas; dou de cara com o "Bacalhau". Este meu amigo faz parte de um grupo enorme de palhaços do qual sou integrante.
O salão enorme, cheio de gente. Todos, velhos conhecidos, há mais de trinta anos.
-Olá, Rui, que saudades! Há quanto tempo. Chegou na melhor hora. Às vésperas da Semana Santa e você sabe que eu gosto de um rabo de bacalhau... Nem que seja para misturar com batatas e fazer bolinho.
Gargalhada geral, na platéia.
-Porra, Gama! A gente mal chega e lá vem você com sacanagem - mas, ri e entra no jogo.
-Olha ali o Juca, vamos comer um leitão a pururuca? - retruca o bacalhau, passando a bola.
-Leitão a pururuca vocês vão ver, daqui a pouco! - diz o Juca - personagem de um outro texto; o "Juca das Válvulas".
-E aí, Juca! Como é que vai a empregada? - o pessoal já começa a fazer rodinha, para escutar os "sarros" e as "sacanagens".
-Aquela já estava recebendo abono permanência há muito tempo. Aposentei! Contratei uma nova, com experiência comprovada, em carteira.
-Só mesmo assim! Sem a carteira você não arruma nada. Ela veio porque tinha experiência em carteira. Veio, de olho na sua...
-Não f...
-Fica frio! Você nem sabe da melhor. Aquela seu caso com a empregada, eu escrevi uma história e coloquei na Internet.
Olhei para ele. Estava vermelho, eu o acalmei:
-Mudei o seu nome para "Juca das Válvulas", não se preocupe.
Minutos mais tarde, depois da ida ao banco, reencontro o Carlão (está morando em São Francisco do Sul). Também não o via, fazia alguns meses.
Quase que ao mesmo tempo, surge o Xaxá e, assim como o Carlão, de cabelos alaranjados. Olho, para os dois, com meu natural ar de sarcasmo e esboço um sorriso...
-É Grecin! - dizem os dois, como se houvessem combinado.
-Grecin o cacete! Isso é pura viadagem. E, dizer que vocês já foram legítimos representantes do time dos machos. Que vergonha! Façam de conta que não me conhecem.
Gostaria que vocês conseguissem imaginar estas cenas, em um salão com mais de cinquenta velhos amigos e esses papos malucos transcorrendo em altos brados.
Era uma zona geral!

Depois, tem (volta).

Carlos Gama www.suacara.com
11/4/2001 - 01,54 h (diz o relógio do "pacu")







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