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Contos-->CECíLIA E TIBURCIO -- 17/02/2022 - 11:34 (Roosevelt Vieira Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CECÍLIA E TIBÚRCIO

Seu respirar enchia o recinto. Era um toque de vida a mais na atmosfera do lugar. As pessoas diziam o que pensavam. Tentavam explicar com palavras o inexplicável. E ela de cabeça baixa enxugava o rosto com um lenço branco. A vida só havia começado; as experiências ensinavam lições preciosas:

- Eu não fui a seu encontro porque entendi que estar longe de você é necessário. Ademais não tenho nada mais a acrescentar.

- Mas, você prometeu que ia me explicar tudo. E agora, como eu fico?

- Não sei. É problema seu. Explique aos outros tudo.

- Não! Você não pode fazer isso comigo! Valéria! Ela se levantou pegou a chave do carro e caminhou para a porta:

- Adeus Cecília!

- Não faça isso! Não me deixe aqui em Campos sozinha. Valéria fechou a porta do carro e se preparou para partir. Cecília insiste novamente, mas, em vão: “Valéria”. As duas se separam de vez. Agora elas eram apenas conhecidas.

As coisas andavam bem para Tibúrcio, o comerciante mais rico de Campos; sem ninguém para prestar atenção fazia de sua vida o que queria. Diz a vizinhança que em média saiam da casa de Tibúrcio 7 mulheres por semana. O povo quando via o homem na rua lembrava logo: “Tibúrcio, e as quengas?”  Agora ele podia lutar pelo amor de Cecília. O jovem comerciante de Campos era muito dedicado ao trabalho. Levava seus negócios com seriedade e juntava dinheiro todo mês. O povo comentava: “Filho de uma mãe! Mão de figa o Tibúrcio”. Mas tinha uma pessoa que o deixava fora de si e frágil: “Cecília”. Ele nutria pela moça o mais sincero amor. Contudo a moça confessa não gostar dele e apesar de todos os mimos ela não aceita nada com ele. Tibúrcio tinha tudo menos a moça de seus sonhos. Um dia uma cigana passa por sua loja para comprar seda e tecidos outros. Ao pôr os olhos em Tibúrcio ela viu a sua dor e disse mesmo a uma certa distância: “O dono desta loja é um sofredor no amor”. Os funcionários pararam seus afazeres; Tibúrcio coça a cabeça calva enquanto aguarda a cigana Madalena se aproximar: “Eu tenho um jeito para isso!”. Os dois conversaram um pouco e depois Tibúrcio se retira. Tudo parecia que a cigana de alguma forma havia pegado o homem. O homem que não crer em nada. Conta os mais velhos que ele quando criança chamava o ‘cabrunco’ a torto e a direito. Na primeira comunhão mordeu a mão do Padre Anastácio. Realmente Tibúrcio não cria em nada apesar de ser uma excelente pessoa.

O rapaz vai a tenda da cigana Madalena que ficava no campo onde era o antigo campo de aviação. A cigana o estava esperando com um leque na mão esquerda. “Chega à frente pra ver seu destino moço!” Os dois sentaram à mesa. A mesma tinha um copo com água e uma bola de cristal. “Essa moça não estar em seu destino, mas, se você quiser pagar o preço eu a ponho na sua mão”. Disse a cigana com muita fé. O rapaz olhou para a cigana um pouco desconfiado e disse: “Está certo. Estamos combinados. A cigana deu valor e a lista de material. Tibúrcio preferiu deixar tudo por conta da cigana: “Em 21 dias ela estará na sua mão”.

O trabalho foi feito numa noite de lua cheia. Tibúrcio foi ver o ritual. Foram sacrificadas 7 galinhas e três cabras pretas. A cigana incorporada por uma entidade repetia o nome de Cecília e dizia coisas que aconteceriam nos próximos dias. Dois bonecos vermelhos foram amarrados por uma fita vermelha e deixados no meio das oferendas. Todo o ritual durou cerca de uma hora e meia. Depois Tibúrcio toma o caminho de casa como se não tivesse feito nada. Os pensamentos do moço eram tranquilos. Se der certo tudo bem. Os 21 dias passaram muito devagar. Tibúrcio não sabia o que ia acontecer, mas, tinha certeza que o destino o colocaria frente a frente com sua amada Cecília. Os amigos da moça diziam que ela estava muito estranha, pois, não queria conversa com ninguém. Depois que Valéria se afastou dela ela ficou desse jeito. Reinaldo, um jovem que era muito próximo a moça comentava onde chegava que a moça estava quebrada, seu coração estava partido.

O vigésimo primeiro dia chegou. Eram sete horas da noite quando Tibúrcio foi tomar um suco de tamarindo na lanchonete no centro de Campos. Ele estava sentado do lado de fora do estabelecimento quando vê a figura da moça se aproximando. O rapaz pensou consigo: “Eita macumba forte!” Cecília vestia um conjunto de cor branca com detalhes em azul. Um cinto preto se destacava juntamente com a chinela de couro puro preto. Um pequeno chapéu dos anos 20 decorado com pequenas rosas vermelhas davam o toque final na aparência da preferida de Tibúrcio:

- Cecília! Você por aqui! Como você está? Sente tome um suco comigo! O rapaz arriscou o convite nos créditos da macumba. A moça se sentou um pouco séria e os dois começaram a conversar sobre coisas do dia a dia. O tempo passou e Tibúrcio foi levar a moça em casa. No caminho Tibúrcio arrisca uma cantada:

- Amanhã à tarde estou livre. Preciso ir a Aracaju. Por que você não vai comigo e aí a gente come alguma coisa no Shopping. Para surpresa de Tibúrcio a menina de Campos e do Campestre aceitou viajar com o moço. Tibúrcio foi noutro mundo e voltou. A felicidade estava evidente em sua face. Aquela noite foi uma benção para o ‘solitário’ proprietário da loja ‘Tecidos e cama e mesa’. Tibúrcio não era com Cecília como era com as outras. Pela moça do Campestre o homem nutria um amor enraizado em sua infância. Os dois quando meninos eram amigos. Sempre estavam juntos e brincavam o tempo inteiro. Depois da morte de sua mãe, Cecília foi morar com o tio Virgílio. Mas, o tempo, e a distância não os separou. O único inconveniente que existia era o fato do rapaz querer a moça como esposa. Cecília dizia: “Tibúrcio, somos só amigos”. Tibúrcio nunca perdeu a esperança de tê-la apesar de todos os seus romances com outras mulheres. Em Aracajú os dois conversaram sobre o passado o presente e o futuro. Sobre o futuro Tibúrcio incluía Cecília, contudo, ele não tinha ainda dito que queria casar com ela. Mas o rapaz viu que a macumba estava fazendo efeito por isso decidiu sondá-la para ver o que ocorreria:

- Você não pensa em casar; ter uma família?

- Eu penso em morar com alguém, mas, filhos essas coisas não. Eu sou muito independente. Não me vejo em casa cuidando de criança.

- Sei. Mas suponhamos que você tenha condição financeira de pagar empregada, governanta, babá. Que você tivesse todo o luxo do mundo?

- Mas, ainda teria um problema, e eu não escondo de ninguém: “Eu gosto de mulher”. A conversa fluiu até que os dois decidiram que era hora de voltar para Campos. Tibúrcio ficou muito decepcionado com a conversa que teve com sua amada.

Tibúrcio estava determinado a ter Cecília como sua mulher custasse o que custasse. Não importava o sacrifício. O homem estava realmente com a cabeça virada. De tardezinha quando o expediente encerrava Tibúrcio foi visitar Seu Alfredo da farmácia. Alfredo se tornou um pai para o rapaz. Qualquer assunto, qualquer coisa, Tibúrcio procurava seu amigo na farmácia Popular:

- Seu Alfredo, não me sai da cabeça as palavras que ela disse.

- É, meu amigo esta história de gostar de mulher complicou a situação.

- Mas eu creio que se ela se der uma chance tudo pode mudar. O trabalho da cigana funcionou mais ou menos. Mas que ela apareceu e saímos juntos isso é fato. Parece que a magia da mulher funciona. Vou visita-la novamente.

- Tibúrcio, essa magia não terá nenhum efeito sobre você não, né?

- Segundo a cigana está tudo tranquilo seu Alfredo. O que tá pesando é o preço desta vez.

- Quanto é? - Sete mil reais. Alfredo coçou a testa e disse para o seu amigo:

- Deixa isso para lá rapaz. Chame por Deus. Tibúrcio não ouviu o conselho do seu amigo mais velho e no outro dia foi ter com a cigana. A cigana morava em uma tenda de cores azul e laranja. Sobre a entrada da porta a palavra INRI recebia as pessoas. O espaço de sua tenda era médio. Nem grande nem pequeno. Uma mesa posta bem no centro convidava as pessoas para conversar. A bola de cristal quando acessa iluminava todo o recinto. A mulher esotérica usava cartas e búzios para proferir seus oráculos que custavam 70 reais os 40 minutos de consulta. A cigana recebe o empresário de Campos  e o convida para sentar:

- Como foi moço a sua conversa? O amigo sabe que ela é sua, não sabe?

- Como assim? Minha.

- Ela não estava no seu destino, mas, Elebara mudou tudo. Você terá uma grande surpresa e viverá uma vida muito diferente. Faça o segundo trabalho.

- Mas, dona, o preço está muito alto.

- Eh, moço, o amigo acha que mudar o destino das pessoas é coisa fácil é? Traga os sete mil no dia acordado e vista nesta ocasião um terno preto com chapéu cartola. O trabalho foi agendado para uma segunda feira meia noite em ponto.

Cecília continuava sua vida. Trabalhava no comercio, ajudava a mãe idosa e fazia faculdade de nutrição pela internete. A moça não esquecia seu amor Valéria. As duas tiveram um caso de dois anos, mas por motivo tolo se desentenderam e se apartaram. Valéria não queria que sua família soubesse que ela era lésbica e Cecília não estava preocupada com isso. Mas a imagem de Tibúrcio começou a aparecer na mente da moça. Era como uma lembrança que de instante em instante brotava em sua mente: “É, Tibúrcio é um homem bom”. Cecília, no final de semana foi à Praça do Cruzeiro ver uma amiga que queria vender-lhe uma escova de escovar cabelos duros. Sua mãe estava com os cabelos todos embaraçados e ela queria dá um trato na sua genitora. As duas conversavam sobre cabelos, unhas e etc., coisas de mulher. Quando inesperadamente a moça sua amiga lhe diz: “Mulher hoje eu vi Tibúrcio passando na avenida. Olha, mas que gato, que homem bonito! Se ele não fosse tão raparigueiro, eu casava com ele.

Valéria estava na casa dos avós em Itapicuru no estado da Bahia. Ela já sentia que havia feito uma tolice com sua amiga, mas, não pensava muito em voltar para Cecília. Contudo sentia um aperto no peito, uma saudade de sua amiga e companheira que de forma tão incisiva ela havia deixado para trás. Mas repetia para si mesma: “Eu não vou assumir minha sexualidade de jeito nenhum”.

A segunda feira chegou. A cidade de Campos estava repleta de gente de todos os cantos de Sergipe. A Loja de Tibúrcio vendia muito. As pessoas gostavam de passar por lá e tomar um cafezinho. Nesta segunda feira, o beato Agenor estava pregando na altura da rodoviária, O trevo estava cheio de curiosos para ver o maluco beleza de Campos. Agenor dizia: “Toda magia tem um preço. Ninguém deve mudar o destino de ninguém”. “O sangue de Jesus de poder”. Agenor decide tomar um cafezinho na loja de Tibúrcio. Quando o profeta de Campos vê Tibúrcio ele grita bem forte: “Este é um homem cujo o destino será mudado e ele verá em sua carne o preço deste feito”. As pessoas ficaram sem entender. Agenor abençoou duas criancinhas e um anão que pedia esmola e fazia estripulias pelas bandas da rodoviária.

Na noite anterior a segunda feira Tibúrcio teve um sonho. Ele via em sua visão noturna duas cobras que brigavam no pasto. Uma comia a outra e uma mão grande pegava a cobra vencedora. A cobra vencedora vomitava a cobra engolida e as duas ficavam na mão sinistra que aparecia. A noite por volta das onze e quarenta e cinco Tibúrcio vai para o local do trabalho que ficava numa encruzilhada próximo a um cemitério de roça na estrada do povoado Roma. A lua cheia estava alta e a estrada deserta e sinistra. Próximo a uma cancela na altura da antiga ponte do Tourão uma velha vestida em farrapos estende a mão para o carro de Tibúrcio. O homem para e desce para saber o que era. A mulher levanta a saia e sete cãozinhos saem correndo de debaixo de sua saia esfarrapada. Ela diz que seu nome é Maria Molambo e estava ali para avisar algo sobre o destino do rapaz:

- Quer dizer que o amigo caminha rumo ao seu destino?

- Não entendi. Quem é você mesmo?

- Já disse o meu nome. Sou aquela que sonda os destinos. Tibúrcio entendeu que ela falava do trabalho. O rapaz ficou um pouco desconcertado, mas, ouviu a mulher até o fim:

- Pois é, você vai ver a força da diferença e sofrerá suas consequências. Ser diferente tem um custo alto meu amigo.

- Como assim? Não entendi o que dizes. A mulher desaparece como fumaça. Tibúrcio entendeu que era um espírito que estava lhe avisando. A situação era um tanto complicada. Tibúrcio não cria em nada, todavia, as experiências vividas recentemente o fizeram um pouco mais crédulo, mas, as dúvidas ainda persistiam apesar de estar determinado a ir até o fim: “Vou tentar todos os meios” dizia o rapaz.

O lugar do ritual estava rodeado de velas de sete dias de cor vermelha com preta. No meio da encruzilhada um bode preto e uma cabra preta. Muita farofa de dendê e cachaça. O padê de exu estava preparado. Um atabaque dava as boas-vindas ao solicitante. E no meio de tudo isso a cigana incorporada fumava sua piteira e tomava cerveja. A cigana chama Tibúrcio para o meio. O coloca dentro de um pentagrama feito de carvão em brasa. A figura geométrica chamava a atenção das pessoas. Tibúrcio no meio do pentagrama é aspergido com sangue. A cigana chama o nome o Cecília sete vezes. Tibúrcio perde os sentidos. Quando acorda estava em sua casa, deitado em sua cama: “O que houve? Quem me trouxe?

A terça feira de Tibúrcio foi a mesma da rotina de sempre. A surpresa no final da tarde alegrou muito ao empresário de Campos. Cecília ligou o convidando para a noite irem ver o parque na Praça da Bandeira. Os dois se divertiram muito na noite de terça feira. Parecia que os dois eram namorados:

- Eu gosto tanto de você Cecília que sou capaz de vender minha loja e dar aos pobres o dinheiro só para ficar com você.

- Vixe, você gosta mesmo de mim né? Eu não queria magoar você, mas, você já deve saber de meu romance com Valéria não sabe?

- É, eu sei de tudo. Mas, mesmo assim eu amo você e estou disposto a lutar por você. Os dois começaram os encontros rotineiros. Todos os dias os dois se viam e se falavam. E isso durou 90 dias. Cecília se apegou a Tibúrcio e o amor brotava como um renovo em sua vida. Os dois trocavam carinhos de todas as formas que um humano pode imaginar e tinham uma vida a dois e isso aconteceu sem notarem o fato: “Sabe, a gente se vê todos dias e eu estou feliz”, diziam os dois. Com a aproximação da menina Tibúrcio se animou para a bruxaria e foi ter com a cigana de novo.

- Como vai moço? As coisas estão andando né?

- É, dona Madalena, ela nunca esteve tão próxima de mim. Mas, eu quero que a senhora vire a cabeça dela de vez.

- Olha moço, o trabalho feito foi para isso aguarde o tempo e tudo se resolverá.

- Mas ela tem uma amiga e ela gosta muito dela. Eu tenho medo disso atrapalhar. Quando a cigana ouve falar de Valéria uma entidade incorpora na cigana e diz: “Olha o rei de duas coroas”. Sobre isso meditou o rapaz de Campos o dia inteiro. Ele não entendeu o que era obvio e o tempo passou. O casal Tibúrcio e Cecília encantava a cidade de Campos que dizia: “Isso é que é amor”. Cecília teve uma filha e pôs o nome de Valéria. A menina cresceu sabendo que tinha uma tia chamada Valéria e que a qualquer momento ela vinha visitar a família. A criança cresceu em um lar feliz vendo os pais se beijarem e se tratarem com todo o afeto do mundo.

Numa noite de terça-feira de 1999 o telefone toca e era Valéria que queria ver sua amiga.

- Alô, É Valéria. Eu queria te ver como faço? O coração de Cecília foi no outro mundo e voltou. O grande amor de sua vida de volta querendo contato.

- Venha aqui em casa. Eu passo a maior parte do tempo sozinha.

- Pois bem. Eu vou amanhã as três.

- Certo.

O dia de quarta-feira começou ensolarado. A cidade se movia para todos os cantos. A vida pulsava em Campos. Valéria visita sua amiga no horário determinado. As duas amantes, finalmente vão pôr em dia um conflito que começou a mais de um ano.

- Até que fim eu posso esclarecer tudo com você. Disse Cecília.

- Cecília eu não venho aqui a esse fim. Eu passei todo esse tempo querendo esquecer de você, mas, o orgulho me impedia de ver as coisas com clareza. Realmente eu pensei que você estava querendo se sair por causa da perseguição de sua família. Mas agora vejo que eu fui muito radical. Você está vivendo com um homem agora e isso deixa claro para mim que você não ia dar certo comigo porque você não é o que eu pensava que fosse.

- Mas Valéria você me deixou sem dizer o porquê de sua atitude. Foi muito duro para mim. E eu sofri muito sua falta.

- Fiz o que fiz para poupar você de mais sofrimento. Seu povo é muito preconceituoso. Mas eu sempre amei você.

- E eu a você. As duas se olharam com muita ternura e afeto. Os corações estavam a mil. O desejo de se abraçarem era evidente. A neném chora e Cecília vai ter com ela. As duas passaram a manhã juntas. Ao meio dia Tibúrcio chega do trabalho. Os três almoçam juntos e de tarde Tibúrcio volta para loja. No Caminho o rapaz reflete: “O que está acontecendo?” “Será que essa dona vai perturbar minha vida?” Tibúrcio passou a tarde toda apreensivo. Sua preocupação foi percebida pelos funcionários. No final da tarde, ele decide visitar a cigana:

- A amante dela voltou. Estou preocupado que isso atrapalhe meu relacionamento. O que é que você pode fazer?

- Nada. Tudo isso estava em seu destino. Agora você deve aprender a lidar com isso.

- Mas, nada mesmo pode ser feito?

- Sim. Este destino é só seu e é você quem vai encará-lo. Tibúrcio voltou para casa certo do que fazer. As duas se viam quase todo dia. Tibúrcio ficou amigo de Valéria e tudo estava em paz. Com o tempo Valéria foi morar com o casal...

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