O mito meio gasto nas sarjetas da calçada,
Quem sabe no olimpo já saíram as manchetes
Da febre que ferve, e da repulsa e aversão
Que sem oferecer solução, julgaram e condenaram,
Sem nem ter idéia das leis que escreveram,
Todas elas nacionais, e os borsais,
Passando a serem vistos nos seus aviões,
Um dinossauro paralítico chamado país,
Bem na hora de remover suas máculas de sangue
Subiu as escadas e em cima do muro dormiu,
A todo instante sem esboçar reação,
Enquanto as traças devoravam almas encardidas,
E os títulos desbotados que alguém aí
Levantou para apagar as incorreções,
Viraram contos de fadas contados
Pelo mago deposto do posto de rei,
E aí acabaram as luzes do beco por inadimplência,
Perdi a foto daquele momento quando o flash pifou,
Algo me diz que o mistério da flor
Rotulou e tirou do sério o ministério
Dos ricos abstratos lesados em sua conduta
De mãe puta da pátria, que parida de dor
Derrapou ás margens do rio caos e caiu
No ócio profundo do poço sem fundo do mundo
Sem parar pra ver que o dito nunca foi escrito
E a senha estava errada porquê o escolhido
Não era você que torrou meus neurônios,
O tempo fechado fez mais uma vez o sol
Sair pelos fundos e eu ter que te procurar
Pelos mundos só pra te dar adeus. |