O rio em fuga me leva pra casa outra vez,
Sou paciente quase terminal esperando operar
Meus milhões de defeitos invisíveis,
Quero evoluir pra sair daqui sem promessas,
Em vez de ficar na solitária da ilusão
Pagando uma pena que poderá perpetuar minha dor,
Aprender com palavras e gestos fazem parte
Da agenda que criei e me dei,
Agora espero a voz que irá me ensinar
Um caminho onde as pedras não são tão ásperas,
Aprenderei assistindo seus erros,
Preciso controlar o meu medo
De não poder concluir tudo o que eu comecei,
E no intervalo das minhas vidas,
Me internarei até a ferida fechar de vez
Reproduzir o bem que se precisa aqui
Fazem os meus princípios tomarem decisões,
Entre elas a busca infinita da verdade,
Sem cair de joelhos no mar das tentações,
Tenho que ouvir as partes antes do veredito
Que virá naturalmente enquanto durmo
O meu sono profundo
Ouço novamente a sua voz vomitando verdades,
E a todo tempo vou buscar no passado
Todas as páginas de erros infelizes cometidos
Numa época en que eu acreditava ser são
Sou um embrião que vingou na multidão dispersa,
Vou ter alta logo mais ao cair do sol
Pra te ver com outros olhos, mais precisos,
E os outros sentidos que estavam adormecidos,
Despertam e se colocam de prontidão pra guardar
O meu tesouro, o meu futuro e o que virá. |