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Artigos-->Primórdios da Computação -- 17/06/2003 - 12:45 (ANGEL DRAVEN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pesquisar sobre os primórdios da computação é tornar presente a história viva da civilizações, é desenterrar frases e cavar números. É, também analisar através de comportamentos informações e sentimentos. Antes de mais nada, é tomar consciência de que os grandes inventos da nossa era foram gerados nas longínquas e humildes conquistas do homem primitivo.

Até mesmo as formas mais primitivas de vida, como uma ameba, por exemplo, vem aperfeiçoando sua capacidade de processamento de informações, desde o início dos tempos.

Ao receber sinais químicos para indicar onde se encontram os alimentos e seguir em sua direção, a ameba está trabalhando com um entre bilhões de tipos diferentes de processamento biológico de informações.

Um exemplo concreto de armazenamento de informação nos mais diferentes e primitivos seres, pode ser conseguido se realizarmos a célebre experiência do professor e doutor Pennyquick. Este cientista americano fez em 1969 testes de condicionamento de informação utilizando-se de planárias. Ele produzia choques elétricos no aquário toda vez que acendia uma luz colorida, fazendo com que as planárias desse aquário se contraíssem. Desse modo, estas cobaias logo estavam se contraindo bastando para isso apenas acender a luz, mesmo sem a descarga elétrica.

Quando um pedaço cortado de uma planária condicionada era jogado como alimentos em um aquário com animais não condicionados, a planária que o comesse passava também a contrair-se quando a luz acendia-se, sem nunca ter sido condicionada. É incrível este caminho biológico percorrido pela informação.

Este fato, nos leva a pensar sobre as práticas canibais de algumas tribos brasileiras que comiam o cérebro e outros órgãos do inimigo vencido, dizendo estarem adquirindo sua coragem e esperteza. Ainda não podemos comprovar estas hipóteses, mas os canais de informação existem e são inúmeros, sendo que a maioria dessas trilhas biológicas da informação ou não as conhecemos, ou fazemos mal uso delas. Entre as desconhecidas estão os sonhos, a intuição e a criatividade; e entre os mal usados estão nossos cinco sentidos.

Através de todos os sentidos, recebemos diferentes tipos de sinais: os olhos recebem uma grande quantidade de raios luminosos (a luz); os ouvidos respondem … pressão de ar neles (o som); as narinas reagem diferentemente aos vários tipos de moléculas existentes no ar (os odores). o mesmo se d com o paladar e o sentido do tato.

Essas informações indo e voltando pelo corpo, sob a coordenação do cérebro, trabalham em conjunto de forma tão perfeita que um computador do tamanho do estado do amazonas não conseguiria, ainda assim, processar todos esses dados com a mesma precisão, agilidade, velocidade e eficiência.

Esse gigantesco computador biológico que é o ser humano, além de transmitir e retransmitir informações internamente, também envia mensagens uns aos outros, dispondo para isso de v rios meios, como a fala, o olhar, um sorriso, um adeus e tantas outras formas menos ou mais expressivas.

Os cavalos, por exemplo, abanam a cabeça e relincham uns com os outros, as abelhas descrevem círculos para indicar o local de uma flor, os cães abanam o rabo.

E provavelmente, nos primórdios da civilização, os humanos faziam algo semelhante para se comunicarem, emitindo grunhidos e fazendo mil gestos e danças. Mas, a evolução biológica não cessa. O cérebro evoluiu e juntamente com ele a linguagem falada do homem tornou-se mais expressiva.

Assim, pela necessidade de comunicar-se para melhor sobreviver, os antigos gestos foram sendo gradativamente substituídos por palavras, símbolos e expressões mais precisas e eficazes, que a cada dia iam sendo mais e mais aprimoradas, de maior facilidade de uso e memorização. Eram as informações passando por uma constante seleção natural.

Com o passar do tempo e do uso, as palavras iam se aprimorando, as expressões e a maneira de combiná -las iam se fixando de lugar em lugar, de tribo em tribo e de povo em povo.

Ao longo dos séculos as civilizações que surgiam, iam formando sua gramática própria, diferentes de nação para nação em muitos aspectos, no entanto semelhantes em muitos outros. A razão dessa semelhança estava em que toda idéia, expressa nesta ou naquela linguagem, tinha em comum sua origem biológica: um pensamento edificado pela mente do bicho homem.

E havia alguma coisa fantástica que unia povos de continentes distantes de maneira que duas línguas totalmente distintas tinham sua forma interna exatamente idênticas.

A isso, chamamos hoje Lógica, que nada mais é que o raciocínio comum em todo ser humano utilizado para dar seqüência a uma idéia, uma expressão.

A lógica desenvolveu-se, e as palavras criaram raízes e bases para o desenvolvimento de raciocínios mais elevados. O conjunto entre o pensamento e as experiências originaram o conhecimento humano.

O conhecimento da humanidade e a forma com que se processa já foram assuntos bastante discutidos ao longo dos séculos, por inúmeros pesquisadores.

Charles Darwin falou muito da origem e seleção das espécies, citando também as lentas, progressivas e constantes mutações que ocorrem com os animais, plantas e com o homem. Este cientista e tantos outros, sempre acabam esbarrando-se com a mesma dificuldade, isto é, concluir sobre "o que causa" essas mutações, ou seja, que fatores fazem com que, de um instante para o outro, um animal comece a andar sobre duas patas, aprenda a lidar com o fogo, construa instrumentos, m quinas e cidades, invente naves espaciais e computadores que o imitam. Não seriam a lógica e a informação a causa de tais mudanças ? Algumas tendências já tentam provar que sim.

E não é nada difícil seguir o caminho de tais conclusões, pois este é o próprio caminho da história. Vejam se não tenho razão: com o constante crescimento e evolução do conhecimento humano, acabou surgindo um tipo especial de símbolos, com suas regras próprias, diferentes da linguagem comum: os números. Informações precisas, confiáveis, podendo até ser representados nos dedos, ao passo que outras partes da linguagem só se desenvolviam no cérebro (e ainda é assim).

Mas, como todos os animais, os humanos inicialmente só podiam guardar informações de cabeça, que tinha capacidade limitada (e ainda tem e provavelmente continuar assim). Desse modo, inventaram dispositivos externos para armazenar seus conhecimentos (informações) e suas experiências (resultados).

Os desenhos do homem primitivo foram um dos primeiros tipos de armazenamento externo, além de ser também uma tentativa de estabelecer contato com o mundo ao seu redor (e sem saber, criaram um elo entre si e as gerações posteriores).

Além dos desenhos nas cavernas, os mais antigos documentos hoje conhecidos são ossos entalhados que datam de aproximadamente vinte mil anos atrás, usados ao que parece, para a contagem de estações do ano.

Alguns pesquisadores consideram Stonehenge o primeiro "computador" feito pelo homem. Trata-se de um monumento paleolítico construído de menires (enormes pedras) de 3 a 6 metros de altura, por volta de 2600 a 1700 a.C.

Stonehenge, um possível calendário pré-histórico, permanece até hoje como marca de um grande passado na planície de Salisbury, na Grã-Bretanha.

Assim, o homem da caverna registrou suas informações, e usando o senso de cooperação, gerou, passo a passo, o progresso da humanidade.





(de Construtores da Era Computacional de Angel Draven)
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