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Poesias-->CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS -- 06/04/2000 - 10:46 (sidney pires) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS





Há um bom tempo atrás,



Na estação da meninice,



Pertenci a uma floresta quase virgem



Não estivéssemos lá todos os dias



Planejando vigarices





Havia de tudo um pouquinho



Árvores, moitas, cupinzeiros



Flores, frutos, bom cheiro



E passarinhos aos montes cantando



Felizes, por nascerem brasileiros





Não havia animal selvagem



E nem precisava



Apenas um grupo amador



Fazendo da vida encenada



Um pega-pega sem destino



E sem nem mesmo vencedor





A vida era cópia singela



Das estórias de Tarzan



E sem saber de futuro



A gente treinava mazelas



Para as selvas do amanhã





Até surgir a grande mancada



Desse abobalhado tempo



Que sem perguntar se podia



Ou mesmo se a gente queria



Foi-nos dando crescimento





E alterando a paisagem de fora



E tudo que os olhos cobriam



Poupou os tesouros mais ternos



Que na alma se escondiam





E a nossa floresta encantada



De tanto que foi maltratada



Virou foi um conto-de-fadas



Aos olhos míopes do mundo



Mas não no da garotada





Derrubaram seus verdes palácios



E do vazio foi brotando



Fetos de restos urbanos



Com cáries de aço falando



Da miséria do ser humano





Aquela era verdinha e frondosa



Cheirosa e como era fraterna



Esta é ferrugem rugosa



Plasmando para as gentes vindouras



Mais um painel de arte moderna





E é bem por isto



Que estou sempre ausente



Deste indecoroso presente



Que clama e reclama



Nunca me encontrar





Melhor eu no sonho



Com a bela



Que ver, todo santo dia,



A coisa horrorosamente feia



Que fizeram com ela

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