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Artigos-->Ignorância e valor -- 17/06/2003 - 18:33 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Certo dia, revoltado com um dos soldados da tropa que insistia em limpar a faca na farda antes de se servir de um pedaço de carne salgada Simon Bolívar teria dito que “um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição”. Conversa caro leitor, mas a frase é do bravo militar que ajudou o continente americano a se livrar dos espanhóis, embora não tenha tido a felicidade de ver o mesmo continente se desenvolver.

Os descendentes de Bolívar ainda devem estar esperando que aqueles indivíduos deixem de comer carne suja, infectada. Descendentes no sentido figurado.

São os cidadãos burgueses com seus sonhos desenvolvimentistas, que esperam que pela educação o povo se torne mais útil aos seus interesses, obedecendo padrões de qualidade que possam permitir uma utilização por tempo maior. Talvez seja por isso que Lula esteja correndo para reformar a Previdência. Já há muitos comentários sobre a manipulação internacional sobre o governo petista. Nada de novo. FHC parecia ser nacionalista, mas foi seduzido ou cooptado pela sereia neoliberal e acabou fazendo acordos que precisam ser cumpridos, para evitar a presença de tropas norte-americanas em solo verde-amarelo.

Mas o grande problema de educar passa necessariamente pelo convencimento de profissionais para a área de ensino. Faltam professores em todos os níveis, mesmo porque os salários de professores no Brasil são inferiores aos de profissionais liberais e outras categorias de funcionários públicos.

Só permanece na profissão quem realmente gosta de trabalhar com o conhecimento. Mas em alguns estados, como no Rio de Janeiro, a profissão além de mal remunerada ainda está sujeita aos desmandos dos traficantes. O problema é igual em São Paulo e Belo Horizonte. Não existe charme em ser professor.

É uma profissão, que exige pesquisa, tempo e tempo.

Lula encontra um grave problema atualmente nas instituições federais, que pagam mal, exigem muito e estão perdendo profissionais para a iniciativa privada. Se os professores federais debandarem com medo de perder direitos de aposentadorias as universidades públicas serão por algum tempo privadas.

Os salários de professores universitários nas instituições públicas são iguais ou inferiores ao de militares federais com patente inferior à de capitão. A diferença é que para se estabelecer na universidade federal é necessário doutorado, o que implica em tempo e investimento. Talvez fique mais correto aplicar aqui o conceito de Simon Bolívar. A história do soldado era só para começar a conversa.

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