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Humor-->Correndo de sucuri -- 11/02/2007 - 17:19 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Correndo de sucuri


Os setores de propaganda, do chamado “sertão de Rio Preto”, estendiam-se para além da fronteira. Ainda hoje é assim. Na Altura de Santa Fé do Sul,SP, os propagandistas cruzam o rio Paraná e chegam até Cassilãndia, MS, para visitar médicos e farmácias. Em 1975, quando trabalhava no Laboratório Lafi, “caxias” e recém promovido a Gerente Distrital, acompanhei o Hélio Chupa Coco numa dessas jornadas heróicas através do sertão. Antes de chegarmos em Cassilãndia, o Chupa Coco me falou das belezas de Lagoa Santa, um pequeno lugarejo do Estado de Goiás que ficava ali perto, onde tinha uma fonte de águas quentes e medicinais brotando do centro da Terra.
Que bom, eu estaria trabalhando e fazendo turismo ao mesmo tempo. Era quase noite e decidimos pernoitar no local para conhecer as maravilhas proclamadas. Cruzamos o rio do Peixe em ponte particular, mediante o pagamento de uma taxa abusiva, e hospedamos numa barraca de madeira que diziam ser o hotel. A noite chegou e a cidade continuou escura. Nessa hora o Chupa Coco me informou que a cidade não tinha luz elétrica e foi providenciar uma lanterna. Jantar, então, nem pensar. Não havia restaurante no local. Comemos um sanduíche de lingüiça para quebrar o galho. Na pracinha, alguns desocupados jogavam pebolim à luz de velas. Na falta do que fazer, decidimos tomar um banho na tal lagoa de águas quentes. O Chupa Coco foi na frente iluminando o caminho com uma lanterna promocional de Amoxamil, de luz fraquíssima. Caminhamos um longo trecho de mata pisando sobre precárias pontes de madeira até chegarmos à famosa lagoaa de águas quentes e santas. Nessa altura do campeonato eu já estava com o saco mais do que cheio. Mas era tarde para desistir e o pior ainda estava por acontecer.
Havia um murmúrio de vozes flutuando no escuro da noite, muitas pessoas estavam ali banhando-se na penumbra, colhendo os efeitos medicinais da água teoricamente santa. Animado com o movimento, decidi entrar no lago pedregoso (que é realmente muito quente), mas logo em seguida deu-se um tumulto inusitado. Um grito de pavor cortou o escuro da noite: “Socorro!... Socorro...Corram todos!... Tem uma sucuri aqui!...” Ao ouvir o grito de socorro, fugimos apavorados em direção ao “hotel” de madeira. Seguimos sem os chinelos e sem a lanterna, tudo ficou para trás. Nem imagino como conseguimos encontrar o caminho de volta. Até hoje, muitos anos depois, fico pensando se aquilo tudo não passou de uma “armação” do Chupa Coco para me sacanear. Afinal, eu era o seu novo chefe e fiquei desconfiado dessa possibilidade. Só não o demiti porque não tinha certeza...


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