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Humor-->As curvas de Campos do Jordão -- 24/02/2007 - 11:39 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

As curvas de Campos do Jordão


Até meados dos anos 70, a estrada para Campos do Jordão era de terra batida e o asfalto só chegaria muitos anos depois. O vendedor que não quisesse enfrentar poeira ou barro, tinha que dar a volta por São José dos Campos, Monteiro Lobato, rodando uns cem quilômetros a mais. Era uma pedreira.
Muitos companheiros teimosos ficavam atolados nos dias de chuva e os poucos que chegavam no alto da serra chegavam enlameados ou cobertos de pó. A estrada, além de ser de terra, era também cheia de curvas. O motorista precisava ser bom de volante pra ir e voltar sem nenhum problema.
O Zé Carlos, na época vendedor do laboratório Sintofarma, era um excelente motorista mas gostava de tomar uma cervejinha ao final do expediente. Esta saudável prática, todavia, quase o leva desta para melhor.
Aconteceu assim. Certo dia, já passava das oito da noite, quando o Zé encerrou seu trabalho em Campos do Jordão com uma última e demoradíssima visita ao doutor Sílvio Rios. Aliás, este médico era chatíssimo, não gostava de literatura e jogava as amostras na sexta de lixo na frente do propagandista.
Antes de pegar a estrada de volta a Taubaté, levado pelo hábito diário, não dispensou sua cervejinha habitual e em seguida pegou o caminho mais curto para casa. Alegre e decidido, estava afim de enfrentar as curvas da perigosa estrada. Mas, quando chegou na altura do rio Piracuama, numa curva mais acentuada, o Zé Carlos perdeu o controle do carro e capotou. O carro virou um bagaço, foi perda total. Felizmente nada de mais grave aconteceu com o propagandista, que sobreviveu para contar e aumentar a sua história e, o que é importante, continuar com as suas sagradas cervejas. Os colegas sempre curiosos que o encontravam depois do acidente, perguntavam o que tinha ocorrido, queriam detalhes, saber como tudo acontecera.
E o Zé Carlos respondia tranqüilo, sentindo-se absolutamente isento de qualquer culpa: “Não houve nada demais, amigos. Isso é normal. Acontece que a estrada tem muitas curvas e, para não demorar, resolvi descer direto...”
Estava era de pilequinho,isso sim.






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