Usina de Letras
Usina de Letras
166 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62215 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Quem poderá nos defender? -- 20/10/2002 - 23:04 (Flavia.s) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Policial virou bandido. Depois da promulgação da lei nº 10.271 foi permitido que homens do Grupo de Repressão e Análise de Delitos de Intolerância ( GRADI), passassem a infiltrar-se em quadrilhas disfarçados, agindo como bandidos para desvendar ou prever futuras ações criminosas. No entanto os resultados vêm levando polêmicas. Tornou-se ostensiva não somente a ação desses policias militares, que atuam na segurança pública, mas também os efeitos desse tipo de organização, que nos últimos tempos culminaram na morte de vários criminosos, comprovando a ineficiência deste serviço.



Ao invés da policia , recrutada para atuar nas investigações, cumprir o compromisso de prever ações criminosas,vem transferindo esse papel para os presos em troca oferecendo a eles regalias. Tal prática é ilegal, mas é assim quem vem funcionando e mostra vulnerabilidade desse método no Brasil. Policiais “disfarçados” de bandidos usam e abusam da lei,. principalmente depois do episódio, na rodovia de Sorocaba no dia 5 de março deste ano, no qual confrontaram-se bandidos e policiais , após uma apreensão, resultando na morte de doze criminosos pelos policiais. O pior é que tudo não passou de uma farsa. Tal ação já havia sido premeditada por policiais , segundo um preso informante do GRADI, relatando através de uma carta que o crime havia sido planejado para melhorar a imagem do Governo. O autor da carta teria sido subornado para gravar uma fita simulando o assalto.



A “brincadeira” de o policial virar bandido parece ter sido levado a sério. Ao invés das

prisões que deveria está ocorrendo com as infiltrações , ao contrário está resultando em mortes e fuga dos presos. Diferente do Brasil, nos Estados Unidos o uso de detentos é prática legal mediante a autorização judicial prévia . Por outro lado há uma severa fiscalização na segurança do preso informante, para evitar o risco do preso ficar sob a mira da pessoa que ele condenou. No Brasil não se respeita a segurança do preso detido. Há a banalização de mortes e torturas, para viabilizar as investigações por partes dos policias.



Ações dessa natureza geram questionamentos sobre a real função do aparelho policial. Levanta-se a hipótese do surgimento de uma eventual organização criminosa por esses homens ditos da lei. Não há uma eficácia no trabalho do GRADI. Os índices de violência aumentaram assim com as fugas de presos. Considero irreparáveis os danos desse tipo de operação, que contribui para o surgimento de um novo tipo de bandido: o bandido em nome da lei. Isso acaba por contribuir com a consolidação do crime organizado,que de um lado é chefiado por bandidos da periferia, de outro por bandidos que agem em nome da lei. É inadmissível que se faça uso do dinheiro público para financiar quadrilhas desse porte em detrimento da segurança da sociedade civil.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui