Usina de Letras
Usina de Letras
175 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50609)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->O fantasma de Paula (*) -- 29/08/2010 - 20:56 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O fantasma de Paula (*)


UNIPAR (Universidade Paranaense)


Numa noite, quando já eram vinte e duas horas, Paula não conseguia dormir. Contava carneirinhos como o pai lhe ensinara, virava para lá, virava para cá, e não vinha o sono.


Ana, sua irmã mais velha três anos, sentiu que poderia aumentar a inquietação de Paula que, no seu entender, sentia medo. Os pai há muito dormiam. Só as duas estavam acordadas.


Ana saiu bem devagar do quarto em que dormiam; não fez um ruído sequer para Paula não perceber. Pegou um lençol branco, velho, que se encontrava aposentado, fez dois buracos nele e costurou-o no corpo com pontos rápidos e mal feitos. Caminhou para o quarto, pronunciando:


-- Uau, uau, uau.

Paula, ao vê-la e ouvir o barulho, gritou:


-- Não me pegue, fantasma! Por favor, não me pegue!


Começou a chorar e chamar os pais:


-- Papai, mamãe, um fantasma está no meu quarto.


Ana depressa retirou o lençol e pós-se a sorrir, dizendo:


-- Sou eu, sua medrosa; queria apenas brincar com você e passar um susto. Paula, enfurecida, reclamou:


-- Puxa! ia pular a janela; quase o fiz... só não saltei porque você tirou aquela roupa feia, acendeu a luz e conversou comigo. Não faça mais isso, mana querida.


Ana, com palavras carinhosas e de quem possui mais experiência, explicou:


-- Neu anjo, você ainda crê em fantasmas? Eles não existem, só a imaginãção os cria; é tudo imagem de criança, principalmente quando tomam bastante água antes de deitar-se, ficam pensando coisas, e o sono foge.


Depois de algumas palavras, Paula aceitou, entendeu a brincadeira, concluiu sobre a inexistência de fantasmas e dormiu tranquilamente.


_____
(*) "Antologia Literária da UNIPAR", volume I, Umuarama (PR),Biblioteca Central da UNIPAR, 1999, p. 124.







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui