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Poesias-->Ode ao Estado Apaixonado -- 03/10/2001 - 04:16 (Evely Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Toda vez que alguém interessa,

Aparece aquele estado

Que mais parece cachorro

Perseguindo o próprio rabo!

Repete a mesma indigesta,

Tormentosa ladainha!



Cada frase que se ouve

Suscita extensas filosofias,

E análises semânticas



Como se cada vocábulo

Contivesse inteiro um dicionário!

Traduzida toda a frase,

Definido o ditado,

Nunca sabiamente acertado,

Pois cada significado

Depende do estado

Do investigador apaixonado.



Se inseguro, o significado

Cai no peito enjeitado

Como martelo sem cabo

E gelado! Mortificado...



Noutro, o pobre ouvinte

Suspirando apaixonado

Junta às palavras insonsas

A magia do encantado!

Se sente tão bem amado...



E quem disse a frase danada,

Também pobre apaixonado,

Esmiúça o falado.

Perde o sono angustiado,

Ao pensar que o dito

Foi mal interpretado,

E o amor está magoado!



Sai voando, atropelando,

Pra dizer ao pobre coitado

Que o que disse foi aquilo,

E não isto que parece.

Sim, parece, mas mal dito!

(Ou, talvez, mal escutado...)

Pois estava concentrado

Em mostrar ao desejado

O quanto estava querendo

Parar de falar, o aloprado,

E passar para outro estágio,

Tanto tempo aguardado,

E melhor saboreado.



De falar o corpo se cansa,

De pensar a mente descansa,

Quando o olhar percebe

Que é o mais apropriado:

Viu o beijo sonhado!



E o tato impaciente,

Quer o corpo desejado.

Suavemente intimidado,

Vai tocando, o envolvente!

Suspirante e suspirado

Se entregam impotentes,

Ao que não foi citado.



Esqueceram-se do dito,

Que foi dito,

Mas não confirmado,

Também não desmentido

E devidamente explicado,

Se foi mal dito ou mal escutado.



O abraço está apertado,

O beijo já muito ousado...

Com a paixão incitada,

Correndo, desenfreada,

Quem é que se importa

Com o que foi dito

Ou como interpretado

Se o objetivo de tanto falar

Já foi plenamente alcançado...





Evely Garcia

























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