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Poesias-->No enterro dos românticos -- 03/10/2001 - 18:38 (Marcelo Ronconi Lemes da Silva) |
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Perdi-me mancebo, n’uma volúpia adulta
Amor dos amores, delito que cometi!
Nos invernos carregadores da inflexível aurora
Onde na vertigem, sozinho percorri!
Cada ano, minha flor, fora como milênios!
Inebriando a esperança de tê-la para mim – que egoísta
Se fosse simples arrastar a existência como boêmio
Não haveria lamuria por aqui – oh maniqueísta.
Quantas vezes sob domínio da Lua nova
Tentações nefastas aos ouvidos sussurraram?
“- Homem, amanha tua alma resvalará na cova!”
Ai os pesadelos ainda não se cessaram!
Quando fitava o semblante da perfeição
O ápice da esperança era enfim alcançado
A inópia jamais voltaria a me dar atenção
Porque o amor por mim, estava abençoado.
Contudo o que umedeceu a face agora seca
Meu sereno mito perdeu a vida inocente
Por isso que num devaneio o peito peca
Quando o enternecido é visto como doente.
È um martírio necessário, e padeço por eles!
A flor do singelo jardim, às suas máculas
Renasce num abuso da natureza contra mim
Dando aos meus olhos sangue. – Oh conde Drácula.
Que vida aguerrida, lá no sonho eu tenho.
O amor desbota ao canto da fada, coisa linda.
Quando uma paixão em mente eu desenho
Há raios de luz pela inspiração infinda.
Cálida pela beleza feminina, más intocável
Rezo no reflexo de minha face combalida
Oh, como pode algo ser tão amável?
Neste orbe sem juízo, em meta esquecida
Más velem os antigos românticos
Sob esta noite obscura que descarrega seus trovões
Que o julgo comece os sublimes cânticos
Acorrentando a culpada esperança, em nossos corações.
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