Lá estão eles,
jogados a um canto,
quebrados,
incapazes de nos roubar um sinal-da-cruz que seja.
Santos de barro
que enfeitaram altares,
incrementaram oratórios.;
quebrados,
largados,
deixados à beira da estrada.
Parecem tristes.;
parecem mortos
pedindo prece.
E nem mesmo um mísero pelo-sinal
oferecemos.
Lá estão eles
na Santa Cruz esquecidos.
Desfizemos deles como se desfaz
daquilo que incomoda e não serve mais para nada.
Santos de barro quebrados,
deixados na Santa Cruz
esquecida na estrada,
têm pena da gente! |